Apesar de ser um dos países mais desenvolvidos no setor de saúde do mundo, os Estados Unidos tem sofrido com a alta taxa de mortalidade infantil. Uma das principais causas para esses índices é o fato de o atendimento às gestantes e mães ser raro, já que planos de saúde individuais normalmente não cobrem a gravidez. Assim, menos de duas em casa três grávidas dos estados do Texas ou de Maryland tiveram uma consulta de pré-natal no primeiro trimestre da gravidez.
Especialistas não apontam este como sendo o único fator para a alta taxa de mortalidade entre crianças de até 1 ano de idade. Mas é provável que o fator mais importante seja o grande número de partos prematuros – maior que no resto do mundo desenvolvido. O que sabe-se é que a mortalidade infantil é muito mais alta entre bebês negros que entre os brancos. Os filhos de mulheres com nível de instrução mais baixo morrem em índice maior que os de mulheres com grau de instrução mais alta. As informações são do jornal americano The New York Times Internacional Weekly – parceria com o jornal nacional Folha de S. Paulo.
Para evitar partos prematuros a Affordable Care Act (lei de reforma da saúde do governo Obama), prevê que, pela primeira vez, gestantes de todo o país terão acesso a um seguro-saúde que garantirá um padrão mínimo de atendimento. Quatro décadas atrás, os americanos perdiam menos bebês que a média dos países industrializados, como Alemanha e Luxemburgo. Mas isso mudou com o passar dos anos. Enquanto países como Portugal pedia 2,5 bebês em cada mil nascidos, a média dos Estados Unidos era de 6,1. Em 2013, o Brasil registrou uma queda no índice de mortalidade infantil, com 13 mortes a cada mil nascidos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial.