A história de Alexandra Hildebrandt, uma mulher alemã de 66 anos, está emocionando e surpreendendo o mundo. Em 19 de março de 2025, ela deu à luz seu décimo filho, um menino chamado Philipp, em Berlim, sem recorrer a tratamentos de fertilização in vitro (FIV) ou qualquer intervenção médica, de acordo com o TODAY.com. A gravidez, que parecia improvável para uma mulher de sua idade, teve um desenrolar bastante positivo, desafiando todas as expectativas e revelando a determinação e a saúde exemplar de Alexandra.
O nascimento de Philipp aconteceu por meio de uma cesárea no Hospital Charité, um dos mais renomados da cidade. O bebê, que pesou 3,5 kg ao nascer, chegou ao mundo saudável, trazendo alegria e completando a já grande família de Alexandra. Ela já é mãe de nove filhos: Svitlana, de 46 anos, Artiom, de 36, e Elisabeth e Maximilian, de 12 anos. Além disso, ela é mãe de Alexandra, de 10 anos, Leopold, de 8, Anna, de 7, Maria, de 4, e Katharina, de 2.
Uma história de fertilidade rara
Alexandra, que trabalha como diretora de museu, compartilhou com o portal TODAY.com que não teve dificuldades para engravidar, deixando claro que não utilizou medicamentos para fertilidade. Ela acredita que seu estilo de vida saudável tem sido um fator importante para sua saúde e fertilidade, afirmando que segue uma dieta balanceada, nada por uma hora por dia e caminha cerca de duas horas regularmente. “Eu me sinto muito bem, e ter uma família grande não é apenas maravilhoso, mas é essencial para dar a meus filhos a educação adequada”, escreveu ela em um e-mail para o portal.
Quando questionada sobre as reações de familiares e amigos, Alexandra afirmou que nunca recebeu críticas sobre sua decisão de ter um filho em sua idade. Pelo contrário, ela revelou que sempre recebeu “feedback positivo” de todos ao seu redor. Além disso, ela disse não fumar, beber ou usar anticoncepcionais, mantendo hábitos que considera fundamentais para a manutenção de sua saúde.

Desafios e riscos da maternidade tardia
Embora a decisão de Alexandra tenha gerado muitos comentários de apoio, ela também gerou discussões sobre os riscos de uma gravidez em idade avançada. O obstetra e ginecologista Wolfgang Henrich, que acompanhou a gestação, descreveu a gravidez para o site como “em grande parte, sem complicações”, o que é considerado uma raridade para mulheres com idade avançada. No entanto, especialistas como Brian Levine, diretor da clínica de fertilidade CCRM, em Nova York, alertam para os riscos que envolvem uma gravidez aos 66 anos.
Levine destacou que a probabilidade biológica de uma mulher dessa idade engravidar sem qualquer intervenção médica é extremamente baixa. Além disso, ele apontou que existem riscos elevados, como hipertensão, diabetes gestacional e parto prematuro. A probabilidade de anormalidades cromossômicas também aumenta consideravelmente com a idade avançada, o que levanta preocupações, especialmente sobre a possibilidade de condições como a síndrome de Down.
Porém, o obstetra também levantou uma possibilidade interessante: se Alexandra tem Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), um distúrbio hormonal que pode permitir que ela continue ovulando, isso poderia explicar a sua capacidade de engravidar sem intervenções médicas.