O Ministério da Saúde informou que o número de casos suspeitos de microcefalia subiu para 739, espalhados por 160 cidades. Há, ainda, uma morte sendo investigada.
Em pouco mais de uma semana, as notificações cresceram 85%: no último anúncio, no dia 16 de novembro, havia 399 notificações.
O maior número de ocorrências está concentrado em Pernambuco, com 487 notificações.
Por enquanto, o surto de microcefalia afeta apenas estados do Nordeste e do Centro-Oeste. Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Goiás, Ceará, Bahia e Alagoas são os estados com notificações.
No entanto, caso se confirme a hipótese de que o surto de microcefalia seja consequência do contágio por zika vírus, são grandes as chances de que o problema se espalhe pelo resto do país.
Combate ao Aedes
“Estamos prestes a dizer de forma peremptória e definitivamente de que esse aumento é provocado pela infecção das mães pelo vírus”, disse Marcelo Castro, ministro da Saúde.
Assim como a dengue e o chikungunya, o zika é transmitido pelo Aedes aegypti. Por isso, disse o ministro, é indispensável reforçar o combate contra o mosquito.
Especialmente na situação atual, em que várias regiões do país passam por crises de abastecimento de água, a tendência é que aumente o número de criadouros do Aedes. Isso porque a população passa a estocar água, muitas vezes de forma inadequada.
Por isso, o governo não descarta a possibilidade de pedir auxílio do Exército para eliminar focos de dengue.
O Ministério da Saúde orienta que mulheres que pretendem engravidar fiquem atentas à quantidade de infecções por zika na cidade onde vivem.