A proprietária de uma clínica de vacinação em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi presa depois da Polícia receber uma denuncia anônima, que dizia que ela administrava seringas vazias de vacinas em bebês recém-nascidos. A clínica está interditada.
A prisão é preventiva e ocorreu na quarta-feira (14), por crimes contra as relações de consumo e saúde pública, de acordo com a Polícia Civil. Segundo a entrevista que o delegado Rodrigo Bozzetto, do Departamento Estadual de Investigações Criminais, deu ao G1, a mulher aplicava falsas doses de vacinas, principalmente em bebês. “Na verdade, ela estaria simplesmente picando algumas crianças. Eram vacinas ministradas para recém-nascidos. Isso é muito grave, é crime hediondo, em razão dessa exposição à população”, afirmou.
Conforme as denúncias, a clínica utilizava até a mesma agulha em pessoas diferentes, entre elas crianças e adolescentes, para as vacinas como meningite e de febre amarela, principalmente. Segundo a Polícia, ela nem tinha a vacina de febre amarela em estoque.
“A Fiocruz-MS produz a vacina da rede pública. Nas clínicas particulares a vacina é importada e produzida pela Sanofi”, explica João Gabbardo dos Reis, secretário estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, em seu twitter. É importante, e é um direito seu, pedir para ver a embalagem da vacina, para saber quem é o fabricante e o prazo de validade.
A orientação da Polícia é que quem foi vacinado nesta clínica nos últimos meses deve procurar a Vigilância em Saúde da cidade e a Delegacia de Proteção ao Consumidor.
Em casos de dúvidas, a Secretaria divulgou meios de contatos: [email protected] e telefone (51) 3097-9411, das 8h às 17h.

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