A morte de Papa Francisco na úlima segunda-feira, 21 de abril, trouxe à tona uma antiga profecia de um astrólogo chamado Nostradamus, que muitos acreditam prever o enfraquecimento da Igreja Católica após o falecimento de um “papa muito idoso”. A teoria, que circula intensamente nas redes sociais, sugere que, após a morte de Francisco, a Igreja passaria por um processo de transformação significativa. Entenda um pouco mais sobre essa teoria e o que ela pode significar para o futuro da Igreja.

O que Nostradamus teria previsto?
Michel de Nostredame, mais conhecido como Nostradamus, foi um astrólogo francês que viveu no século XVI. Ele é famoso por suas profecias, que foram publicadas no livro Les Prophéties, em 1555. Embora o autor não tenha feito previsões diretas e claras, seus escritos poéticos e enigmáticos têm sido frequentemente interpretados como previsões de eventos históricos significativos, como o incêndio de Londres, a Revolução Francesa e até o assassinato de John F. Kennedy.
O trecho que vem ganhando destaque agora, após a morte de Papa Francisco, diz o seguinte: “Com a morte de um Pontífice muito velho, / Um romano de boa idade será eleito. / Dirão dele que enfraquece sua sede, / Mas por muito tempo reinará com atividade mordaz.”
Esse verso, de acordo com alguns intérpretes, falaria sobre a morte de um “papa muito idoso”, o que coincidiria com a morte de Francisco, que tinha 88 anos e se encontrava em um estado de saúde debilitado nos últimos tempos. A profecia também menciona a eleição de um “romano de boa idade”, que seria uma possível referência a um novo pontífice mais jovem, com características específicas, como pele escura, o que geraria ainda mais especulação sobre o futuro papado.
Nostradamus e a Igreja Católica: o que diz a teoria?
A teoria que circula agora sugere que a morte de Francisco, que foi um dos papas mais inovadores e controversos da história recente, poderia ser o ponto de partida para um enfraquecimento da Igreja Católica. Esse enfraquecimento estaria relacionado à mudança no perfil de liderança da Igreja, com a eleição de um papa que pode ser visto como mais conservador ou com um papel mais simbólico, sem a mesma força de reformas que marcaram o papado de Francisco.
Além disso, a referência de Nostradamus a um pontífice com “atividade mordaz” pode ser interpretada como uma pessoa com um caráter forte, capaz de governar a Igreja de forma enérgica, mas talvez sem a mesma capacidade de influenciar positivamente as questões sociais e políticas como fez Francisco.
O papado de Francisco e suas contribuições
Jorge Mario Bergoglio, conhecido como Papa Francisco, foi eleito em 2013, após a renúncia de Bento XVI. Ele foi o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo. Durante os 12 anos de seu papado, Francisco se destacou por sua postura aberta e reformista, promovendo o diálogo inter-religioso e apoiando temas como a inclusão social, a proteção ambiental e a luta contra a pobreza.
Francisco também se tornou conhecido por suas críticas à estrutura de poder dentro da Igreja, buscando modernizar alguns de seus dogmas e práticas. Seu papado, no entanto, não foi isento de controvérsias, com muitos setores conservadores da Igreja criticando suas posições. Ele também enfrentou grandes desafios, como as questões relacionadas aos abusos sexuais dentro da Igreja.

O que vem depois de Francisco?
Com a morte de Francisco, o futuro da Igreja Católica entra em uma nova fase de incertezas. O próximo papa será escolhido através de um processo chamado Conclave, no qual os cardeais se reúnem para eleger o novo líder da Igreja. Especialistas apontam que o próximo pontífice provavelmente será alguém com uma visão mais centrada ou até conservadora, refletindo uma possível mudança de direção para a Igreja, que terá de lidar com questões internas complexas e uma base de fiéis que também evolui.
Frei Betto, um frade dominicano e teólogo, acredita que o próximo papa será alguém com um modelo mais tradicional em sua abordagem às questões sociais e religiosas.
Cerimônias de despedida e o legado de Papa Francisco
Após a morte de Papa Francisco, a Igreja Católica iniciou uma série de cerimônias fúnebres que seguem rituais tradicionais. A missa de sufrágio ocorreu na Basílica de São João de Latrão, e o corpo de Francisco foi levado para a Basílica de São Pedro para que os fiéis pudessem prestar suas últimas homenagens. O enterro será realizado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, uma escolha que se alinha à tradição, mas que também marca um ponto de ruptura com os papas anteriores.