A tragédia envolvendo o submarino Titan, da empresa OceanGate, continua sendo tema de intensa investigação. Em junho de 2023, a embarcação desapareceu durante uma expedição ao local onde os destroços do Titanic repousam no fundo do Oceano Atlântico. Agora, sete meses após o incidente, a Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou um áudio que, segundo especialistas, é referente ao momento exato da implosão do submarino, que matou as cinco pessoas a bordo.
O áudio que pode ter registrado a implosão do submarino Titan
Na última sexta-feira (7), a Guarda Costeira dos EUA divulgou um áudio captado por uma base subaquática localizada a mais de 1.400 km do local onde o Titan se despedaçou. As autoridades indicaram que a gravação pode corresponder ao momento estimado da implosão. O som, descrito como um “trovão submarino”, é seguido de um breve silêncio. A autoridade explicou que as características do áudio coincidem com a linha do tempo e os dados estimados sobre o colapso da embarcação.
NOAA has released audio of the deadly Titan submersible implosion by a recorder stationed 900 miles away. All five people on board the submersible were killed. pic.twitter.com/uE7TKI4hq6
— CBS News (@CBSNews) February 12, 2025
A expedição ao Titanic e o desaparecimento do Titan
O submarino Titan partiu de Newfoundland, no Canadá, no dia 16 de junho de 2023, com destino ao fundo do Oceano Atlântico, onde o Titanic afundou em 1912. O objetivo da expedição era realizar uma visita turística aos destroços do navio, a uma profundidade de quase 4.000 metros. Cada passageiro da OceanGate Expeditions pagou cerca de US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,4 milhão) para participar da viagem.
O submarino iniciou sua descida ao fundo do oceano dois dias após a partida. No entanto, após 1 hora e 45 minutos, o contato foi perdido. A viagem até os destroços do Titanic tinha a duração estimada de cerca de duas horas, mas o Titan desapareceu antes de atingir seu destino.
As buscas pelo submarino, que mobilizaram autoridades de diversos países, causaram grande comoção em todo o mundo. Inicialmente, existia a esperança de que os ocupantes estivessem vivos. Porém, quatro dias após o desaparecimento e provavelmente sem oxigênio, a Guarda Costeira dos EUA confirmou a tragédia: o Titan havia implodido e não havia sobreviventes.
As vítimas da tragédia
As cinco pessoas a bordo do submarino Titan perderam a vida no trágico acidente. As vítimas foram:
- Stockton Rush, CEO da OceanGate e piloto do submarino;
- Shahzada Dawood, empresário paquistanês;
- Suleman Dawood, filho de Shahzada;
- Hamish Harding, bilionário e explorador britânico;
- Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa e especialista no naufrágio do Titanic.

Fatores que podem ter contribuído para a implosão
A investigação sobre a causa do acidente segue em andamento, com novas informações sendo reveladas periodicamente. De acordo com as autoridades dos EUA, um dos fatores que pode ter contribuído para a implosão do submarino foi o armazenamento inadequado da embarcação. A exposição prolongada a condições adversas durante o armazenamento do Titan pode ter causado a deterioração do casco, comprometendo a estrutura da nave.
Além disso, especialistas levantaram preocupações sobre o design e a qualidade dos materiais utilizados no submarino. Embora a empresa OceanGate tenha utilizado tecnologia de ponta, alguns questionamentos sobre a segurança do submarino foram levantados após o acidente, especialmente em relação à resistência da embarcação a pressões extremas no fundo do oceano.
O futuro da investigação
Em 12 de dezembro, a Guarda Costeira dos EUA afirmou que em breve divulgará novas informações sobre o incidente e que o relatório final será publicado assim que as investigações forem concluídas. A tragédia do submarino Titan levanta questões sobre a segurança de expedições subaquáticas e a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa para viagens turísticas em grandes profundidades.
.