Diferentemente de outros transtornos, no autismo existe um acúmulo de fatores genéticos que faz com que o cérebro seja constituído de maneira diferente, a ponto de ter seu próprio funcionamento modificado e isso, já nasce com as crianças. O conjunto de genes, a gestação e a chegada ao mundo determinarão o desencadear do TEA. Isso porque há um número maior de crianças autistas que tiveram intercorrência da gestação, tal como infecções maternas, uso de medicações não recomendadas, prematuridade, dentre outros.

Todo desenvolvimento humano começa período uterino. Ao nascer, os bebês prematuros têm um risco 10 vezes maior de desenvolver TEA. O parto prematuro é frequentemente associado à inflamação materna/fetal, levando a uma síndrome inflamatória fetal/neonatal. Existem ligações experimentais demonstradas entre a inflamação fetal e o desenvolvimento posterior de sintomas comportamentais consistentes com o TEA.
Ingestão inadequada de nutrientes durante a gravidez também foi associada à alterações cerebrais (diminuição do volume cerebral, espinha bífida, alteração das vias hipotalâmicas e hipocampais), aumento do risco de comportamento anormal, distúrbios neuropsiquiátricos (TEA, TDAH, esquizofrenia, ansiedade, depressão), cognição alterada, deficiência visual e déficits motores.
Precisamos ficar atentos a qualquer atraso dos marcadores de desenvolvimento. Na carteira de vacinação de todas as crianças, podemos ter acesso a eles. Os sinais começam de forma sutil. Outra observação importante é em qualquer regressão que pode haver no desenvolvimento. Algumas vezes, os bebês começam a adquirir habilidades e param ou perdem comportamentos que já haviam aprendido.
A vigilância precoce e longitudinal do desenvolvimento de neonatos é fundamental, principalmente em crianças do grupo de risco descritos acima ou com familiares autistas. A identificação precoce do TEA é importante para otimizar os resultados do desenvolvimento em crianças, pois quanto antes as intervenções tiverem início, melhores condições de se desenvolverem. Não é necessário ter diagnóstico para começar proporcionar estímulos que ajudem no desenvolvimento dos pequenos. Ao menor sinal de atraso, dê início!
Atenção aos sinais com 1 ano de idade:
- Com 1 ano de idade a criança já fala palavrinhas com intenção de se comunicar
- Responde “Não” com movimento de cabeça ou mão
- Dá “tchau”, manda beijo
- Mostra o que quer, apontando
- Compartilha o que gosta com os adultos
- Atende comandos simples, tal como dar, olhar, colocar
- Atrasos motores
- Dificuldades no sono
- Alterações sensoriais
Inscreva-se no 14º Seminário Internacional Pais&Filhos – Toda família é nossa já tem data para acontecer!
Depois de cinco edições online, essa volta vai ser presencial no dia 17 de novembro, na Unibes Cultural, em São Paulo. Vai rolar palestras, mesa-redonda, sorteios, ativações e muito mais! Para participar, é só se inscrever aqui! Te esperamos por lá.