
O menino Noah Tindle contraiu herpes em um dos olhos após receber um beijo de um amigo da mãe. A infectologista Raquel Muarrek explica que esse vírus pode ser transmitido por contato ou contaminação do nervo.
Ashleigh White, mãe de Noah, desabafou sobre o que aconteceu com o filho para alertar outros pais e mães sobre as visitas ao recém-nascido. Ela conta que foi com o filho para um batizado e vários amigos dela beijaram o bebê. Quatro dias depois, quando ele fez 1 mês, seu olho começou a inchar.

“Conversei com um pediatra e ele me disse que talvez fosse um duto bloqueado, algo muito comum e que eu não precisava me preocupar”, ela conta ao Metro UK. “Meu filho também não apresentou mais problemas de saúde, então achei que estava tudo bem”.
Alguns dias depois, o olho de Noah estava com bolhas, então Ashleigh correu com o filho para o hospital. “Iniciamos rapidamente o tratamento para herpes. Ainda bem que agimos rápido, porque Noah poderia ter ficado cego de um olho!”, ela conta.
Raquel confirma. “Quando uma criança não tem imunidade e nunca teve contato com o vírus, além de ter uma conjuntivite de herpes, pode apresentar um quadro de meningite e desenvolver uma reação autoimune”, justifica.
Noah contraiu herpes nos olhos por causa de um beijo (Foto: Reprodução / Metro UK / Caters New Agency)Ashleigh conta que o filho ficou tomando remédios antivirais no hospital durante 2 semanas. Depois, ele foi para casa, mas infelizmente o vírus voltou no mês seguinte e ele precisou voltar para o hospital.
“Ele precisará ficar com esse medicamento até outubro, nós ainda temos consultas no oftalmologista e vários tratamentos para fazer”, ela desabafa. “Confesso que estou exausta, mas decidi tirar um tempo para contar o que aconteceu comigo e com Noah para que as pessoas entendam que não é para beijar recém-nascidos“.
Todo cuidado é pouco quando se é portador do vírus. “Antes de apresentar a ‘vesícula’, a pessoa já é transmissora. De 2 a 3 dias antes do aparecimento até 4 a 5 dias depois de desaparecer é o momento em que essa transmissão é mais possível.”, explica Raquel.
“E a contaminação não acontece apenas pelo beijo, mas também pela mão, porque a pessoa pode tocar a vesícula, ficando com o vírus vivo na palma durante 15h. Ao encostar na criança, ele é passado e no momento que ela põe na boca ou no olho, o vírus é transmitido”, finaliza a infectologista.
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