O vínculo que a mãe e o bebê criam durante a gestação é muito forte, afinal os dois dividiram o mesmo espaço por nove meses. Depois do nascimento, na maioria das maternidades, o bebê é levado para longe da mãe quase que imediatamente e só volta a vê-la horas depois, mas é fundamental que os dois continuem próximos para que a criança sinta o cheiro da mãe e possa ser atendida imediatamente caso esteja com fome.
Isso também é uma forma de tranquilizar as mães, que se sentem mais seguras com o bebê próximo a elas. Algumas maternidades já dão a possibilidade de os recém-nascidos ficarem no mesmo quarto que as mães – no Brasil, inclusive, essa possibilidade é lei. Na Holanda, o Hospital Gelderse Vallei, deu um passo a mais: o bebê fica perto da mãe por meio de um berço acoplado à cama.

O site do hospital explica: “Mãe e filho ficam bem perto um do outro e podem se tocar, mesmo sem a intervenção de uma enfermeira. Amamentar fica mais fácil, porque o bebê está próximo. Especialmente depois de uma cesárea, o berço tem grandes vantagens”. Os quartos foram equipados com berços que podem ser encaixados nos leitos a partir desse ano.
Outro hospital que teve uma iniciativa para tornar a experiência do pós-parto mais humanizada foi o Hospital Cassiano Antonio Moraes, de Vitória, no Espírito Santo. Nas Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal foram colocadas redes de balanço dentro das incubadoras para bebês que nascem antes da 37ª de gestação. As redes acalmam os bebês porque eles se sentem mais acolhidos e confortáveis, como se ainda estivessem no útero materno.

A iniciativa tem sido aplicada desde março, quando as redes foram instaladas. As crianças ficaram mais calmas e até começaram a ganhar mais peso. O método foi comprovado por um estudo publicado na “Enfermagem Revista”, veículo da PUC -Pontifícia Universidade Católica – de Minas Gerais, em abril de 2015.