O governo brasileiro autorizou a realização de uma nova autópsia no corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A decisão foi confirmada pela Advocacia-Geral da União (AGU), após um pedido feito pela família da publicitária à Justiça Federal.
O requerimento foi protocolado na última segunda-feira (30), com o apoio da Defensoria Pública da União (DPU), que acompanha o caso desde o início. O objetivo da nova análise é verificar a causa da morte da brasileira de forma independente, após dúvidas surgirem sobre o laudo feito pelas autoridades indonésias.
Corpo será trazido ao Brasil nesta quinta-feira
A empresa aérea responsável pelo transporte do corpo é a Emirates Airlines. O traslado, que está sendo viabilizado com o apoio da Prefeitura de Niterói, cidade onde Juliana nasceu, deve ser concluído nesta quinta-feira, 3 de julho. Assim que chegar ao Brasil, a nova autópsia será feita para esclarecer pontos ainda nebulosos sobre a morte.
Juliana estava desaparecida desde o dia 21 de junho, após cair durante uma trilha no Monte Rinjani. O corpo dela foi encontrado cerca de uma semana depois, a uma profundidade de 650 metros, segundo informações da equipe de resgate.

Laudo da Indonésia gera incertezas
O primeiro exame realizado na Indonésia concluiu que Juliana morreu em decorrência de “fraturas múltiplas e lesões internas”, aproximadamente 20 minutos após a queda. No entanto, esse laudo oficial não foi suficiente para sanar as dúvidas da família.
O motivo principal para a desconfiança foi a divulgação de imagens aéreas feitas por drones durante o resgate. Nos registros, muitos afirmam ver movimentos no corpo de Juliana, o que levanta a possibilidade de que ela ainda estivesse viva horas depois do acidente. Esse detalhe causou grande comoção entre os familiares e pessoas que acompanharam o caso nas redes sociais.
Busca por respostas
A decisão de pedir uma nova autópsia é parte do esforço da família para entender com mais clareza o que realmente aconteceu no dia do acidente. O desejo é saber se Juliana faleceu de fato logo após a queda, como informou o laudo da Indonésia, ou se teria sobrevivido por mais tempo, o que levantaria questões sobre a eficácia e o tempo de resposta no resgate.
A Defensoria Pública da União atua no caso para garantir que os direitos da família sejam respeitados e que o processo aconteça com a devida transparência. O caso também mobilizou a opinião pública brasileira, que tem acompanhado com atenção os desdobramentos desde o desaparecimento da jovem.
Expectativa por mais esclarecimentos
Com a chegada do corpo ao Brasil e a nova autópsia autorizada, a expectativa é que exames mais detalhados possam trazer respostas definitivas. Para a família, entender com exatidão o que aconteceu é essencial não apenas para o luto, mas também para garantir que todas as medidas cabíveis sejam tomadas, caso alguma falha no resgate seja comprovada.
O caso segue em destaque e deve ganhar novos capítulos nos próximos dias, com a realização da perícia brasileira e possíveis encaminhamentos legais a partir do resultado.