A morte da recém-nascida Ana Beatriz chocou o país e abalou profundamente sua família. O pai da bebê, Jaelson da Silva Souza, concedeu uma entrevista reveladora onde expressou todo seu sofrimento e descreveu os acontecimentos que o levaram a desconfiar da própria esposa, Eduarda Oliveira, de 22 anos. Segundo ele, a jovem mãe demonstrava alegria durante a gestação e nada indicava que algo tão trágico pudesse acontecer.
Durante a conversa com a TV Ponta Verde, Jaelson afirmou que a dor que sente é indescritível. Ele compartilhou a angústia de perder uma filha que ainda nem havia conhecido, já que estava fora da cidade a trabalho quando tudo aconteceu.
Gravidez planejada e uma mãe aparentemente feliz
Segundo Jaelson, a gravidez de Ana Beatriz foi desejada pelo casal. A chegada da filha era aguardada com entusiasmo por ambos, e Eduarda demonstrava estar emocionalmente envolvida com essa nova fase da vida. Ela participava dos preparativos, demonstrava carinho e fazia planos para o futuro da bebê.

O pai contou que a esposa era extremamente cuidadosa com o filho mais velho do casal, sendo atenciosa nos mínimos detalhes da rotina da criança. Essa postura o fez acreditar que a mesma dedicação se repetiria com a chegada da recém-nascida.
Múltiplas versões e o início das desconfianças
O ponto de virada na percepção de Jaelson aconteceu após a esposa apresentar diversas versões sobre o paradeiro da filha. Inicialmente, ela alegou que a criança havia sido sequestrada. No entanto, o número crescente de relatos contraditórios despertou a desconfiança do marido.
Foi somente após ouvir a quinta versão que ele passou a acreditar que algo mais grave havia ocorrido. A insistência para que Eduarda revelasse a verdade acabou levando à confissão que mudaria tudo.
A confissão do crime e a reação do pai
Segundo Jaelson, o momento em que Eduarda confessou ter sufocado a própria filha foi devastador. Ele contou que, ao ouvir as palavras da esposa, não teve forças para encará-la e se afastou, tomado pelo choque. A mãe relatou ainda que escondeu o corpo da bebê em um armário onde guardavam materiais de limpeza, e que, após o ato, chegou a verificar se a menina ainda estava viva, mas já era tarde.
“Após o quinto depoimento para frente eu disse: ‘Tem coisa errada’. A gente então pressionou, disse ‘fale a verdade, fale a verdade’; foi quando ela abriu o jogo. Eu estava do lado dela quando ela confessou. Procurei terra no chão e não achei. Na hora que ela disse, saí, nem quis olhar direito para a cara dela”
A jovem está agora sob custódia em prisão preventiva, enquanto o caso continua sendo investigado pelas autoridades de Alagoas.
Possível surto e questões de saúde mental
Para Jaelson, a única explicação plausível para o ato cometido por Eduarda seria um possível surto psicológico. Ele afirma com convicção que a esposa não era capaz de cometer tal atrocidade em um estado emocional normal. “Não era ela. Algo aconteceu com a mente dela”, declarou com tristeza.
A suposição do pai levanta um debate importante sobre a saúde mental materna, especialmente no período pós-parto, conhecido como puerpério, quando muitas mulheres enfrentam transformações hormonais, emocionais e físicas intensas.