A jovem brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que sofreu uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, teve seu corpo resgatado nesta quarta-feira (25). A operação envolveu mais de sete horas de trabalho por parte das equipes locais de busca e salvamento.
Operação de resgate durou mais de sete horas
O trabalho de retirada foi realizado pela equipe da Basarnas, a agência nacional indonésia responsável por buscas e salvamentos. Juliana foi encontrada aproximadamente 600 metros abaixo da trilha principal, em uma área de difícil acesso, marcada por diversos pontos de ancoragem utilizados pelas equipes.
Segundo Muhammad Syafi’i, comandante da operação, o resgate foi dificultado pelas más condições meteorológicas, que inviabilizaram o uso de helicópteros. A remoção teve que ser feita por terra, exigindo esforço coordenado e extremo cuidado dos socorristas.

Caminho até a base foi registrado por montanhistas
Parte da ação de resgate foi registrada por um montanhista voluntário, que auxiliou as equipes técnicas. O vídeo mostra o transporte do corpo em uma maca, enfrentando trechos íngremes, neblina densa e variações bruscas de temperatura.
O corpo de Juliana foi levado até o posto de Sembalun, ponto de partida das expedições ao cume do Monte Rinjani. De lá, foi encaminhado de avião até o hospital Bayangkara, na cidade de Mataram, localizada na ilha de Lombok, onde será realizado o processo de repatriação.
Juliana Marins caiu de trilha no segundo maior vulcão da Indonésia
Juliana desapareceu no sábado (21) durante uma trilha no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia. A jovem, que era formada em publicidade pela UFRJ e morava em Niterói (RJ), também atuava como dançarina de pole dance.
A queda aconteceu em uma área de difícil acesso e, segundo relatos de voluntários, o resgate foi um dos mais desafiadores dos últimos tempos. Três grupos participaram da missão, incluindo membros do esquadrão especializado em resgates extremos, conhecido como “Esquadrão Rinjani”.
Desafios enfrentados pelas equipes de busca
O trabalho de localização e resgate levou quatro dias. As equipes tiveram que lidar com dificuldades técnicas, incluindo falhas em equipamentos e cordas inadequadas para o terreno acidentado.
Além disso, as condições climáticas na região variaram constantemente, dificultando a visibilidade e o deslocamento. Relatos contraditórios também chegaram à família durante os dias de busca, aumentando a ansiedade dos parentes no Brasil.
Montanhista compartilha homenagem à brasileira
Um dos voluntários envolvidos no resgate usou o Instagram para prestar uma homenagem emocionante à jovem brasileira. Ele escreveu:
“Meus sentimentos pela morte da montanhista brasileira. Não pude fazer muito, só consegui ajudar desta forma. Que suas boas ações sejam aceitas por ele. Amém!”
O montanhista também mostrou, através de imagens, os desafios enfrentados pela equipe: nevoeiro fechado, escorregadios trechos de trilha e o cansaço extremo dos socorristas.