O que era para ser uma animada festa de fim de ano se transformou em um pesadelo na Escola Elementar Jones, em Tyler, no Texas (EUA). Tudo começou com potinhos coloridos e aparentemente inofensivos de gelatina que chamaram a atenção das crianças da quinta série. No entanto, os doces acabaram provocando dores de cabeça, náuseas e até desmaios. O motivo? Eles continham álcool.
Quem levou os “doces especiais” foi Teresa Isabel Bernal, uma mãe bastante conhecida na escola por participar ativamente dos eventos escolares. Até então, ninguém imaginava que uma simples contribuição para a confraternização poderia terminar em boletim de ocorrência e prisão.
Crianças passaram mal e uma chegou a desmaiar
Durante a comemoração natalina, que aconteceu no dia 20 de dezembro de 2024, Teresa distribuiu potinhos de gelatina que vinham até decorados com chantilly e morangos. As guloseimas rapidamente fizeram sucesso entre os alunos — até que os sintomas começaram a aparecer.
Algumas crianças relataram fortes dores de estômago, tontura e dor de cabeça. Um menino chegou a vomitar duas vezes e outro, depois de consumir seis potinhos, afirmou ter desmaiado. Uma das mães contou que, ao buscar o filho na escola, percebeu que ele estava estranho e quase desmaiou ao chegar em casa.
Professora suspeitou do sabor e descartou os doces
A própria professora da turma desconfiou da origem dos doces depois de experimentar um deles. Teresa teria perguntado se ela achava que o sabor lembrava álcool. A resposta da educadora foi incerta, por conta da mistura de sabores, mas o alerta acendeu. Ao notar que quase todos os potes haviam sido consumidos, a professora jogou o restante fora. Por precaução, cinco potinhos foram guardados como prova.
Mais tarde, exames confirmaram o que muitos já suspeitavam: os doces continham álcool. A investigação policial se intensificou e tudo apontava para a responsabilidade de Teresa.

Mãe alegou que não sabia, mas mensagens levantam suspeitas
Em depoimento à polícia, Teresa afirmou que havia comprado os doces prontos em uma loja, sem saber que eram alcoólicos. A versão, no entanto, não convenceu. Os donos do estabelecimento disseram que ela sabia o que estava levando. Mais do que isso: mensagens trocadas entre ela e os comerciantes mostraram que Teresa perguntou se os doces tinham álcool. Quando questionada sobre o motivo da dúvida, respondeu apenas: “crianças”.
Com base nessas evidências, um mandado de prisão foi expedido em abril. Em março, os testes nos potinhos já haviam comprovado a presença de álcool. Teresa foi presa, mas pagou a fiança — de US$ 75 mil (aproximadamente R$ 375 mil) — no mesmo dia.
Caso levanta alerta sobre segurança alimentar nas escolas
Funcionários da escola disseram que Teresa sempre foi colaborativa e ativa nas atividades escolares. O caso, no entanto, deixou a comunidade em alerta e reacendeu uma discussão importante: como garantir a segurança dos alimentos levados para festas e eventos escolares?
Embora situações como essa sejam raras, elas mostram a importância de checar a procedência do que é compartilhado entre os alunos. A intenção pode até não ser maldosa, mas os efeitos podem ser graves — como foi o caso dessa festa.