O médico Luiz Garnica, que está sob investigação pela morte da esposa, Nathalia Garcia, deu uma nova versão sobre o caso e apontou a própria mãe como possível autora do crime. O caso ainda envolve outra morte: a de Larissa Rodrigues, irmã do médico. Ambas faleceram após ingerirem chumbinho, e os laudos confirmaram a presença do veneno.
Mãe é suspeita das duas mortes
De acordo com a apuração divulgada pela EPTV, Garnica acredita que sua mãe, Elizabete Arrabaça, esteja por trás das duas mortes. Ele declarou que Nathalia teria sido assassinada por conta de questões relacionadas à herança familiar, mas não soube explicar o motivo da morte da irmã.
Segundo o médico, ele mesmo poderia ser o próximo da lista. “Acredito que, depois de tudo isso, eu seria o próximo, até pela quantia que ela precisava. Se ela teve coragem de matar a própria filha, que morou com ela a vida toda, qual a dificuldade de me matar também?”, afirmou.
Mãe nega envolvimento, mas levanta suspeitas
Durante o depoimento, Elizabete negou qualquer participação nas mortes. Ela comentou que chegou a desconfiar do medicamento que Nathalia tomava, mas depois descartou essa hipótese: “Ela tinha tremor nas duas mãos. […] Eu tive dengue na cadeia e pensava: ‘Será que não tinha alguma coisa nesse remédio da Nathalia?’. Mas, depois, eu pensei bem e falei: ‘É impossível isso, não tem cabimento, porque a Nathália não teria condição, pelo tremor dela, de pôr alguma coisa’”, disse.
As duas mortes ocorreram em um intervalo de cerca de um mês, entre fevereiro e março de 2024. Primeiro, Larissa morreu. Em seguida, foi Nathalia. Após a exumação do corpo de Larissa, um laudo toxicológico comprovou a presença de chumbinho, o mesmo veneno que matou Nathalia.

Cada caso será tratado separadamente
Apesar das semelhanças e da ligação familiar entre as vítimas, a polícia informou que as investigações acontecerão de forma separada.
“Até então nós não tínhamos nenhuma posição a respeito da morte da Nathália, mas com o laudo está claro que houve um crime macabro. Inicialmente, a suspeita é a própria mãe, mas a investigação corre no sentido de saber se há o envolvimento de outras pessoas”, disse o delegado Fernando Bravo, em coletiva no dia 19 de junho.