A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, causou comoção nas redes e revolta por parte da família, que agora acusa a equipe de resgate da Indonésia de negligência. A jovem caiu de uma trilha no monte Rinjani, um vulcão localizado em um parque nacional do país, e esperou por ajuda durante quatro dias.
Em publicação feita no perfil criado para acompanhar as buscas, os familiares afirmaram:
“Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado Juliana ainda estaria viva.”
Juliana foi encontrada com vida, mas não resistiu
Juliana teria relatado cansaço durante a trilha até o cume do vulcão, e o guia responsável orientou que ela descansasse. Enquanto isso, o grupo seguiu caminhando. Deixada sozinha, ela caiu em uma área de penhasco íngreme e de difícil acesso.
Após críticas públicas e mobilização internacional, as buscas foram reforçadas e, somente na segunda-feira (23), a turista foi localizada com ajuda de um drone térmico. Ela foi avistada imóvel, presa entre rochas. No entanto, quando o socorro finalmente conseguiu alcançá-la, na terça-feira (24), Juliana já estava sem vida.
“Juliana merecia muito mais! Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam de Juliana!”, publicou a família.

Resgate foi concluído quatro dias após o acidente
O corpo da jovem foi finalmente içado nesta quarta-feira (25), por volta das 14h45 no horário local. Cerca de 15 minutos depois, o transporte da maca até a entrada do parque foi iniciado, um trajeto que deve durar cerca de oito horas, segundo informaram os envolvidos.
O local do acidente, segundo autoridades do parque, era de acesso extremamente complicado, dificultando o trabalho tanto de alpinistas quanto de helicópteros. O clima instável também teria atrasado a operação.
Família promete buscar responsabilização
A família de Juliana afirma que vai lutar por justiça e que houve falhas graves no tempo de resposta e na estratégia de resgate.
O caso ganhou repercussão internacional, e os governos do Brasil e da Indonésia se mobilizaram para acompanhar a situação. A Polícia da Indonésia também confirmou o resgate em nota: “Felizmente, graças a Deus, a equipe conjunta da SAR finalmente conseguiu resgatar Juliana de Souza Pereira Marins.”
Agora, o corpo da jovem será levado para o Hospital Bhayangkara Polda NTB, onde devem ser realizados os procedimentos necessários antes da liberação.
Enquanto familiares tentam lidar com a dor da perda, seguem cobrando respostas e reforçando a importância de apurar responsabilidades: “Juliana foi deixada para trás e ignorada. Ela merecia mais do que isso.”