Uma escocesa de 34 anos viveu momentos angustiantes durante um mergulho em Kinghorn, no fim de maio. Enquanto nadava em águas abertas, Simone Morton perdeu os sentidos após ser puxada por uma correnteza, causando um afogamento. Apesar do susto, ela acredita que foi protegida por uma força inexplicável, e com um rosto muito familiar: o de seu pai, falecido há 12 anos em um acidente semelhante.
Um resgate envolto em espiritualidade
Durante os três minutos em que esteve submersa, Simone afirma ter sentido como se estivesse sendo amparada por uma presença invisível. “Senti uma energia me levando até a superfície”, contou. Para ela, não há dúvidas de que essa força era a do pai, Steve Morton, que perdeu a vida em 28 de maio de 2013 enquanto praticava rafting nas águas perigosas do Alasca.
Na ocasião, Steve enfrentava uma das corredeiras mais violentas do mundo. Acabou sendo lançado pela correnteza e, infelizmente, não sobreviveu.

Memórias e sensações durante o afogamento
Simone descreveu que, antes de perder a consciência, o dia parecia perfeito para nadar. O céu claro e o clima agradável a motivaram a entrar na água. Ela contou que costuma prender o cabelo durante os mergulhos, mas, naquela vez, esqueceu-se desse detalhe. As ondas batiam contra seu rosto e o cabelo solto dificultava sua respiração. Em questão de segundos, foi sugada por uma corrente que a puxou para baixo, e então tudo ficou escuro.
“Depois disso, não tenho lembrança de nada. Acredito que desmaiei ali mesmo”, disse ela ao jornal Daily Star.
O momento da salvação
Mesmo desacordada, Simone teve a nítida sensação de estar sendo guiada até dois praticantes de stand-up paddle. Eles estavam por perto e conseguiram localizá-la, trazendo-a até a areia. Na praia, equipes de emergência realizaram os primeiros socorros e, posteriormente, ela foi levada a um hospital nas proximidades.
Coincidência ou sinal do além?
O que torna esse episódio ainda mais simbólico para Simone é o fato de ter acontecido pouco antes do aniversário de morte do pai. Para ela, isso não foi por acaso. “Acredito que nessas datas especiais há uma conexão maior entre nós e aqueles que já partiram”, refletiu.
Ela disse ainda que sentiu uma “paz profunda” durante todo o momento em que esteve inconsciente, como se estivesse sendo acolhida por algo maior do que ela mesma.
Uma nova perspectiva
Depois do ocorrido, Simone tem encarado a vida de uma forma diferente. A experiência reforçou sua crença em conexões espirituais e lhe trouxe mais tranquilidade sobre o luto que ainda carrega. “Foi como se ele estivesse ali comigo de novo”, afirmou emocionada.
Apesar do trauma, ela se recupera bem e agradece aos envolvidos no resgate. Para Simone, o episódio é mais do que uma lembrança dolorosa: é também um sinal de que o amor pode continuar vivo mesmo após a morte.