Imagine perceber um acúmulo de gordura que simplesmente não responde a dietas ou exercícios. Esse é o drama vivido por quem tem lipedema, uma condição crônica marcada pelo acúmulo anormal de gordura, especialmente nas pernas, coxas, joelhos e, às vezes, nos braços. Diferente de outras formas de ganho de peso, o lipedema não é causado por maus hábitos alimentares ou falta de atividade física, mas sim por características genéticas e hormonais.
Recentemente, o lipedema ganhou mais atenção ao ser incluído na Classificação Internacional de Doenças. Isso significa que a ciência está reconhecendo, cada vez mais, sua complexidade e os desafios enfrentados por quem convive com ele.
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Por que o lipedema atinge mais as mulheres?
Aqui vai um spoiler: os hormônios femininos, como o estrogênio, são grandes responsáveis pelo lipedema ser muito mais comum em mulheres. Esse quadro geralmente aparece ou piora em momentos de turbulência hormonal, como gravidez, menopausa ou até mesmo na adolescência. Para aumentar o impacto, cerca de 60% das pessoas diagnosticadas têm algum histórico familiar da doença, o que indica uma forte ligação genética.
Além disso, o lipedema costuma surgir na idade reprodutiva, quando as mudanças hormonais podem “dar uma forcinha” para o desenvolvimento da condição. E não pense que é só isso: o estresse e alterações no estilo de vida também podem intensificar os sintomas.
Diagnóstico e tratamento: o que fazer?
O diagnóstico do lipedema ainda é um desafio. É fácil confundi-lo com obesidade, celulite ou retenção de líquidos, mas aqui entra a expertise dos médicos, especialmente aqueles especializados em medicina vascular. Por isso, se você suspeitar de lipedema, procure um profissional capacitado para evitar diagnósticos equivocados.
Quanto ao tratamento, ele é mais sobre controle do que cura. Terapias de compressão, como o uso de meias elásticas, ajudam a aliviar o inchaço e a dor. Exercícios físicos são bem-vindos, mas é importante que sejam adaptados às necessidades do corpo, priorizando a construção de massa muscular. Em casos mais graves, a lipoaspiração específica para lipedema pode ser uma alternativa para remover o excesso de gordura localizada.
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Estilo de vida importa (e muito!)
Se você convive com o lipedema, saiba que o estilo de vida é seu maior aliado. Não, ele não “cura” a condição, mas ajuda a controlar os sintomas e a evitar complicações. Aqui vão algumas dicas práticas:
- Mexa-se: Encontre uma atividade física que você ame! Pilates, natação ou caminhadas são boas opções.
- Dieta inteligente: Uma alimentação rica em vegetais, frutas e proteínas magras pode ajudar a controlar o acúmulo de gordura. Evite alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar.
Esses cuidados podem fazer toda a diferença, além de melhorar sua qualidade de vida de forma geral.
É possível prevenir o lipedema?
Infelizmente, não existe uma fórmula mágica para prevenir o lipedema, já que ele tem um forte componente genético. Porém, manter um estilo de vida saudável é a melhor maneira de retardar o progresso da doença e reduzir os impactos no dia a dia.
Se você tem predisposição genética ou percebe os primeiros sinais da condição, procure acompanhamento médico. A intervenção precoce, combinada com mudanças no estilo de vida, pode minimizar os efeitos ao longo do tempo.
Viver com lipedema pode ser desafiador, mas com conhecimento, autocuidado e apoio profissional, é possível lidar com a condição de forma leve e saudável. Sua saúde e bem-estar merecem atenção especial – e você está no controle dessa jornada!