No Brasil, a estimativa é de que 3 mil crianças nascem com anemia falciforme a cada ano. Além disso, outras 200 mil apresentam alguma característica dessa condição.
Mas, felizmente, existem formas de detectá-la precocemente, como o famoso Teste do Pezinho. A partir desse exame, é possível acompanhá-la e tratá-la com rapidez.
Logo abaixo, confira as respostas das pediatras Dra. Francielle Tosatti e Dra. Renata Aniceto para as dúvidas mais frequentes sobre essa doença.
O que é anemia falciforme?
Segundo a Dra. Francielle, a anemia falciforme muda o formato dos glóbulos vermelhos, células que levam oxigênio para os tecidos e órgãos.
“Um glóbulo vermelho é uma célula do sangue que normalmente tem o seu formato arredondado. Já na anemia falciforme, essa célula tem um formato achatado e semelhante a uma lua crescente ou uma ‘foice’”, explica.
Quais são as causas?
A doença tem origens genéticas, então é passada para a criança por meio do DNA. Porém, a Dra. Francielle explica que existem alguns outros gatilhos que podem causar as crises falciformes. Alguns deles são:
- Desidratação;
- Mudanças bruscas de temperatura;
- Viagens para lugares de alta altitude;
- Infecções.
“Contudo, elas também podem ocorrer espontaneamente, não sendo possível serem previstas. Por isso, é fundamental estar sempre atento aos sintomas e sinais de alerta e manter o acompanhamento com o pediatra e o hematopediatra em dia”, completa.
Em quais sinais preciso ficar de olho?
Os sintomas costumam aparecer depois dos seis meses de vida. Isso acontece porque, a partir desse período, a hemoglobina fetal começa a cair.
Pensando no que você deve observar no dia a dia, estes são alguns dos principais fatores:
- Crises de dor;
- Dores nos ossos e nas articulações;
- Inchaço nas mãos e nos pés;
- Febre;
- Náuseas;
- Icterícia.
Quais são os riscos?
Com o acompanhamento regular do pediatra, a sobrevida da criança aumenta e a qualidade de vida melhora.
Mas ainda existem alguns riscos significativos. “Como as complicações são agudas e obstrutivas, temos risco de perda de função ou falência de órgãos, seja por obstrução ou falta de oxigenação”, comenta a Dra. Renata.
Também há outras consequências importantes de se conhecer, como o AVC, as úlceras e as pneumonias de repetição.
Como é o tratamento?

Depois do diagnóstico, o bebê precisa de acompanhamento médico contínuo. Além disso, os profissionais da saúde instruem a família em relação a possíveis sinais de piora.
“É importante ter consciência de medidas preventivas como suplementação com ácido fólico e imunizações especiais”, informa a Dra. Renata.
A Dra. Francielle complementa: “É importante manter todas as vacinas em dia, especialmente antipneumocócica e vacina anti-Hib. Enquanto alguns tratamentos buscam prevenir as possíveis complicações da anemia falciforme, outros são focados em aliviar a dor e as infecções”.
Tem cura?
Dependendo da idade, o tratamento curativo pode ser uma boa opção. “É possível realizar o transplante de medula óssea, mas o tratamento só é indicado para pessoas com até 16 anos e com indicações específicas”, afirma a Dra. Francielle.
Por isso, é essencial procurar um médico especialista, que pode avaliar cada caso individualmente.
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