Um estudo publicado na última sexta-feira, 31 de julho, pelo CDC (Centro de Controle de Doenças) dos Estados Unidos analisa um surto de coronavírus que aconteceu em um acampamento para crianças em junho. Dos 597 participantes que estavam no local, 344 fizeram o teste para covid-19 e 260 (o equivalente a 76% dos testados) descobriram ter sido contaminados em menos de uma semana.

De acordo com o relatório, os organizadores não obrigaram o uso de máscaras e não mantiveram a ventilação adequada dos ambientes. O acampamento se iniciou no dia 21 de junho, na Geórgia, e reuniu crianças de 6 a 14 anos e funcionários de 14 a 59. Para participar das atividades, todos precisaram provar que passaram por um teste de coronavírus em, pelo menos, 12 dias e que o resultado havia sido negativo.
As infecções, no entanto, não demoraram para começar. No terceiro dia do acampamento um funcionário adolescente teve febre e foi levado para fazer o teste, cujo resultado saiu positivo. Já no dia seguinte, as crianças e os funcionários começaram a ir embora e o acampamento foi fechado em 27 de junho, para evitar que mais pessoas se contaminassem.
De todos que estavam no acampamento, apenas 344 pessoas (58% do total) optaram por fazer os testes. Destes, 260 receberam o resultado positivo, ou seja, 76% dos que fizeram o exame. Como nem todos foram testados, o CDC estima que pelo menos 43,5% dos participantes foram infectados.
“Esta pesquisa aumenta o conjunto de evidências que demonstram que crianças de todas as idades são suscetíveis à infecção por SARS-CoV-2 e, ao contrário dos relatos iniciais, desempenham um papel importante na transmissão”, explicou os pesquisadores, em uma nota divulgada no portal oficial do Centro de Controle de Doenças e divulgado pelo portal G1.