Há uma forte tendência na sociedade em se fazer previsões catastróficas sobre o futuro da humanidade, das pessoas e principalmente das crianças. Advertências sobre os incontáveis perigos, vírus, bactérias, acidentes, abusos, violência, entre tantos perigos possíveis. Atualmente as telas e as mídias sociais estão em pauta. Não podemos desprezar que existem perigos e que devemos criar proteções contra eles.
Avanços científicos e soluções inesperadas
Superamos muitos destes riscos por meio das medidas de engenharia, saúde pública, diagnóstico precoce de doenças, tratamentos, vacinas que erradicaram algumas doenças altamente fatais, enfim, as pesquisas e o conhecimento científico decorrente delas trouxeram soluções que nossos antepassados não poderiam imaginar que viriam a acontecer. No entanto, essas soluções podem gerar outros problemas, geralmente menores do que aqueles que ajudaram a resolver.
Resistência às novidades
Existem dificuldades que se repetem ao longo da história quando soluções novas são apresentadas, como a resistência em aceitá-las. Ao mesmo tempo que encantam alguns, assustam outros. Daí surgirem conflitos principalmente quando a novidade não segue os padrões estabelecidos. Foi assim com as vacinas, foi assim com antibióticos, foi assim com a psicanálise de Freud, excluído da academia por falar o que falou, num tempo em que a academia acreditava em trepanação como solução para problemas mentais. Em síntese, os problemas são razoavelmente conhecidos, e razoavelmente previsíveis. Enquanto as soluções muitas vezes são imprevisíveis.

A orientação parental baseada em ciência
Assim é com a orientação parental com fundamentação científica baseada em neurociência, psicologia do desenvolvimento e teorias da comunicação. Orientação parental que tem sido feita desde que o mundo é mundo, com vieses ideológicos, político-partidário e religiosos, porém distante do conhecimento científico acumulado nos recentes 50 anos.
Resultados de pesquisas e impacto na educação
Pesquisas em tratamentos de portadores de TDAH, TEA, entre outras condições mostravam até há pouco que a orientação parental seria útil, como um complemento aos tratamentos. Quem poderia imaginar que orientar pais com embasamento científico poderia ser útil, pois todos os pais educam, afinal de contas. Todavia, o conhecimento mais recente mostra que a orientação parental é mais que útil. É fundamental tanto para o diagnóstico como para o tratamento e prevenção de transtornos.
Pais em conflito sobre a existência de um transtorno, sobre aceitar ou não um diagnóstico, um tratamento medicamentoso, ou não, uma terapia, podem problematizar um problema fazendo com que ele seja abordado de forma parcial, tardia, incompleta, com maiores custos humanos e financeiros. Pais orientados tornam os tratamentos mais eficientes, com menores riscos e custos reduzidos. Porém, percebo ainda a dificuldade em priorizar a orientação parental, tanto em famílias como em profissionais de saúde.
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