Thayná Santos, de 28 anos, só queria aproveitar um momento tranquilo ao lado de seu cachorro, Aslan. Grávida de sete meses, ela saiu para passear com o cão pelas ruas do bairro Castelo, em Santos (SP), quando foi surpreendida por dois cães soltos, que correram em direção aos dois. A tentativa de proteger seu pet acabou virando uma cena de tensão: Thayná caiu no chão e, mesmo assim, tentou conter os animais.
Segundo ela, os cães eram da raça pit monster e estavam sem guia, focinheira ou tutor por perto. Em entrevista ao G1, Thayná relembrou o desespero do momento. “Eles vieram correndo do nada. Quando vi que eram dois, me assustei muito.”
As imagens do ocorrido mostram a jovem tentando fugir, mas sendo alcançada pelos cães. Ela cai, segura os animais como pode e grita por ajuda. Foi então que uma vizinha interveio e ajudou a colocar Aslan dentro da garagem de casa, garantindo a segurança do cachorro.
O medo pela vida do bebê
A queda no meio da rua, durante a gestação avançada, deixou Thayná preocupada com o bem-estar da filha. “Foi um dia de muita angústia, porque aí vai para o hospital, faz exame e tal. Enquanto eu não vi que ela [bebê] estava bem, também, eu não tive paz. Não gosto nem de lembrar muito”, contou.
Ela foi levada ao Hospital dos Estivadores, onde passou por exames para garantir que tudo estava em ordem com a gestação. Felizmente, a bebê estava bem, e Thayná também não sofreu ferimentos graves.
🐶 Grávida segura cães em Santos e é derrubada no chão ao evitar ataque contra seu cachorro: https://t.co/q78RtUXJgQ
— Jornal A Tribuna (@atribunasantos) April 26, 2025
Mulher passeava com seu golden retriever quando dois pit monsters avançaram; câmeras registraram o ocorrido ⬇️ pic.twitter.com/UDtrFMMYIM
Queda na gravidez pode ser perigosa
Além do susto e do impacto emocional, uma queda durante a gravidez — especialmente no terceiro trimestre — pode trazer sérias complicações. Como o centro de gravidade da mulher muda, a chance de desequilíbrio aumenta, e qualquer tombo pode afetar diretamente o útero. Entre os riscos estão o descolamento de placenta, o rompimento da bolsa ou até mesmo o início de um trabalho de parto prematuro. O estresse físico e emocional também pode interferir na pressão arterial e na frequência cardíaca da gestante e do bebê. Por isso, mesmo que o impacto pareça leve, o ideal é sempre procurar atendimento médico — como Thayná fez — para ter certeza de que está tudo bem.
Ajuda inesperada e alívio no meio do caos
Durante o ataque, uma mulher que passava pelo local tentou ajudar. Thayná gritou pedindo que colocassem Aslan dentro de um carro, mas quem realmente conseguiu afastar os cães foi uma vizinha com um carrinho de feira, que ajudou a conter os animais até que a tutora e o cão estivessem a salvo.
“Se fossem [cães] agressivos, eu estava morta. Não ia sobrar meu cachorro, não ia sobrar eu, não ia sobrar nada”, desabafou Thayná ao G1.
Responsabilidade de tutores volta ao debate
O tutor dos cães não estava no local durante o ataque. Cerca de 20 minutos depois, um rapaz chegou de moto, dizendo que os animais pertencem a um estacionamento da região. Até então, nenhuma medida imediata foi tomada.
Thayná reforça que seu objetivo não é demonizar raças específicas, mas sim alertar para a importância da responsabilidade de quem cuida de animais. Cães de qualquer porte devem estar sob controle, especialmente aqueles com grande força física.
O susto serviu como um alerta para muita gente: não basta amar um pet, é preciso garantir que ele não ofereça riscos a outras pessoas ou animais. Felizmente, Thayná, sua filha e Aslan estão bem.