Se você já culpou a genética por algo na vida, talvez seja hora de rever essa ideia. Um estudo publicado na Nature Medicine mostrou que a forma como você vive tem muito mais peso na sua longevidade do que os genes herdados da família. Sim, isso significa que está em suas mãos (e não no DNA dos seus avós) a chance de viver mais e melhor.
O que a ciência diz sobre viver mais
O estudo analisou dados do UK Biobank, um enorme banco de informações sobre saúde e estilo de vida de 500 mil pessoas. Os pesquisadores investigaram a relação entre fatores genéticos e ambientais e descobriram algo impressionante: os hábitos de vida são muito mais determinantes para a longevidade do que a genética.
Entre os fatores analisados, estavam hábitos como tabagismo, nível de atividade física, condição socioeconômica e até o peso corporal na infância. Além disso, a pesquisa utilizou uma técnica chamada perfil proteômico, que examina as proteínas do corpo para entender o ritmo do envelhecimento biológico (ou seja, como o corpo realmente está envelhecendo, além da idade no RG).
O que influencia mais a longevidade?
Os resultados foram claros: quando se trata de expectativa de vida, a genética contribui com menos de 2%, enquanto fatores ambientais e hábitos somam cerca de 17% da variação na longevidade. Isso significa que sua saúde e seu tempo de vida estão muito mais ligados às escolhas diárias do que ao DNA herdado.
As principais influências no envelhecimento precoce e na mortalidade foram:
- Tabagismo – fumar encurta a vida, e isso já foi comprovado inúmeras vezes.
- Nível socioeconômico – melhores condições de vida tendem a favorecer a longevidade.
- Atividade física – quem se movimenta mais tem um corpo biologicamente mais jovem.
- Condições de moradia – ambientes mais saudáveis impactam diretamente a qualidade de vida.
- Peso na infância – crianças com sobrepeso podem ter maior risco de doenças na vida adulta.
Outro dado curioso? Pessoas mais altas tendem a viver menos. Pode parecer estranho, mas estudos anteriores já indicaram que indivíduos mais altos têm maior risco de algumas doenças crônicas, o que pode afetar sua longevidade.

E a alimentação?
A parte mais surpreendente da pesquisa foi que não encontraram uma relação clara entre dieta e envelhecimento biológico. Isso não significa que a alimentação não importa! Provavelmente, o estudo não conseguiu captar essa relação por limitações na coleta de dados, já que a alimentação foi analisada apenas em um momento da vida das pessoas.
Seja como for, a ciência já comprovou que uma dieta equilibrada está ligada a um menor risco de doenças crônicas, então não é hora de abandonar os vegetais.
O que isso significa para você?
A boa notícia é que você tem mais controle do que imagina sobre sua saúde e longevidade. Enquanto alguns fatores, como condições sociais e econômicas, podem não estar no seu total domínio, a maneira como você se cuida faz toda a diferença.
Se quer aumentar suas chances de viver mais e melhor, foque no que realmente importa:
- Mexa-se mais – exercícios fazem maravilhas para o corpo e a mente.
- Evite fumar – se precisar de um motivo extra, aqui está: parar de fumar pode adicionar anos à sua vida.
- Crie um ambiente saudável – desde sua casa até suas relações sociais.
- Mantenha uma alimentação equilibrada – mesmo que o estudo não tenha provado a relação direta, sabemos que uma boa nutrição é essencial.
Se antes você achava que o tempo de vida estava “escrito nos genes”, agora sabe que suas escolhas diárias têm um impacto muito maior. Isso significa que, independentemente da genética, cuidar da saúde é sempre um investimento no futuro.
E aí, quais mudanças você pode começar a fazer hoje para garantir uma vida mais longa e saudável?









