Às vezes, a vida reserva surpresas incríveis, e quando menos esperamos, podemos descobrir que nossas histórias estão mais entrelaçadas do que imaginamos. Foi exatamente isso o que aconteceu com Rachael, de 32 anos, que se reuniu com seu pai biológico, Criss, 53 anos, após 32 anos de separação. O que torna essa história ainda mais fascinante é que esse reencontro só aconteceu graças a um teste de DNA, feito por meio de um programa de apoio a pessoas adotadas.
A escolha de se afastar desde o nascimento
Quando soube que seria pai aos 19 anos, Criss entrou em choque. Em entrevista ao The US Sun, ele contou que ficou “apavorado” com a notícia da gravidez e, diante do medo e da imaturidade, decidiu que não estava pronto para criar uma criança. A adoção foi a solução encontrada junto da mãe biológica, mas Criss foi além: optou por não ver a filha nem uma única vez após o parto, com medo de se apegar e não conseguir deixá-la ir. Essa decisão marcou o início de um afastamento que durou 32 anos. Ainda assim, ele sabia que ela existia – e guardava, em silêncio, a possibilidade de um reencontro no futuro.
A busca pelo pai biológico
Rachael foi adotada logo após o nascimento e cresceu sabendo que não havia sido criada por seus pais biológicos. Embora sempre tivesse se sentido amada e cuidada, ela sentia uma curiosidade natural sobre suas raízes. Quando sua irmã adotiva teve a chance de se reunir com o pai biológico, Rachael desejou ter uma oportunidade semelhante.
Foi então que ela ouviu falar sobre o programa DNA Quest da MyHeritage, que oferece testes de DNA gratuitos para ajudar pessoas adotadas a se conectarem com suas famílias biológicas. Ela se inscreveu no final de 2018, mas, por um ano, os resultados não revelaram conexões diretas com parentes próximos. No entanto, em 2019, a surpresa veio de onde ela menos esperava.
Pai também estava em busca de respostas
Enquanto isso, Criss, aos 53 anos, também estava em busca de respostas sobre seu passado. Participando de uma conferência sobre história familiar, ele teve a chance de fazer o teste de DNA gratuito oferecido pela MyHeritage. Ele não imaginava que seu nome seria sorteado, mas, para sua surpresa, foi. Quando ele recebeu os resultados, a descoberta foi tão impressionante quanto emocionante: ele havia encontrado sua filha biológica. Rachael.

O encontro que parecia impossível
A primeira reação de Criss foi de total espanto. Ele correu para o Facebook e, ao procurar por Rachael, ficou ainda mais surpreso ao perceber que ela se parecia muito com uma de suas outras filhas. Sem perder tempo, ele a contatou diretamente, e Rachael, ao receber a mensagem, ficou tão chocada que até atirou seu celular para o outro lado da sala.
Depois de duas semanas trocando mensagens, eles finalmente marcaram o tão aguardado encontro. Rachael estava nervosa, como se fosse um primeiro encontro, e até pensou em escolher a roupa perfeita para a ocasião. Quando finalmente se encontraram pessoalmente, a conexão entre eles foi instantânea, como se tivessem se conhecido por toda a vida.
O que eles têm em comum?
A surpresa não parou por aí. Rachael e Criss logo descobriram que suas vidas estavam mais conectadas do que imaginavam. Eles haviam crescido a apenas 20 minutos de distância um do outro, em Utah, e ambos faziam parte da mesma religião. Mais do que isso, tinham muitas semelhanças em suas personalidades.
Durante as conversas e descobertas após o reencontro, Rachael e Criss perceberam que seus caminhos já haviam quase se cruzado antes – e da forma mais improvável possível. Em 2018, os dois estavam no mesmo evento geek: o FanX Salt Lake Comic Convention. Rachael foi com o marido e os filhos, todos fantasiados como personagens da série Firefly. Enquanto ela dava uma volta com as crianças, o marido ficou perto de um estande da série – e, ali, puxou conversa com ninguém menos que Criss. Os dois conversaram por cerca de 15 minutos, sem imaginar a conexão que os unia. Só depois do reencontro é que Criss viu uma foto do marido de Rachael caracterizado como Mal Reynolds e se deu conta: “Eu falei com esse cara no ano passado!”.
Adotar é um gesto de amor
Agora, Rachael e Criss conversam todos os dias, e a relação deles se fortaleceu ainda mais. Eles também mantêm contato com os irmãos de Rachael, que são filhos biológicos de Criss.
Criss, que anteriormente não sabia como seria ser pai biológico de Rachael, agora vê a adoção como uma escolha positiva. Ele acredita que a adoção foi o melhor para ele na época e que, muitas vezes, ela pode ser uma bênção, tanto para os pais adotivos quanto para os filhos.
A importância do DNA e das conexões
Rachael e Criss também incentivam outras pessoas que passaram por processos de adoção a considerarem a possibilidade de fazer testes de DNA. Embora nem sempre o resultado seja o esperado, eles acreditam que entender mais sobre nossas origens nunca é algo negativo. Ao buscar mais conhecimento sobre suas raízes, a família de Rachael e Criss conseguiu expandir seus laços e, mais importante ainda, espalhar ainda mais amor e compreensão pelo mundo.
No fim, eles querem mostrar que, ao contrário de algumas ideias preconcebidas sobre adoção, ela pode ser uma grande oportunidade para expandir o amor e os laços familiares. A união deles é a prova de que o DNA pode não ser o único fator que define uma família — mas quando ele ajuda a aproximar pessoas, o resultado é sempre surpreendente.