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Estudar nos EUA: saiba como seu filho pode se adaptar ao sistema de ensino americano

As universidades são muito concorridas - Reprodução/ Pexels/ FreePik
Reprodução/ Pexels/ FreePik

Publicado em 16/02/2023, às 14h21 - Atualizado às 14h58 por Gabriela Xavier, filha de Priscila e Ivan


Muitas mudanças podem acontecer ao longo da vida, como trocar de escola, carro, casa ou até mesmo, de cidade. Porém, o que diferencia cada uma delas são as proporções que elas podem ter. As mudanças se ligam com os sonhos, como morar com a família nos Estados Unidos ou que seu filho possa fazer uma faculdade no país.

Colocar esses planos em prática pode dar frio na barriga, mas ao mesmo tempo trazer muitas vantagens para o futuro da família, já que os EUA têm algumas das melhores escolas e universidades do mundo. Para aproveitar todas as oportunidades de educação que existem para o seu filho, é fundamental ter informação e se preparar antes de se mudar para os EUA com a família.

Para te ajudar a esclarecer as principais dúvidas sobre o sistema de educação americano, conversamos com Daniela Campos, sócia e uma das fundadoras, ao lado de Patrícia Teixeira, da empresa Impacto Acadêmico, que tem o objetivo de atingir os melhores resultados possíveis no ingresso às universidades dos Estados Unidos, oferecendo uma consultoria educacional com planos personalizados para imigrantes. Formada em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas com MBA pela UFRJ, ela é mãe Rafael, Laura e Gustavo, e se mudou com a família para os Estados Unidos em 2012.

A especialista respondeu às maiores dúvidas em relação ao assunto para você entender mais sobre a adaptação do seu filho no exterior em torno dos dos estudos, da língua e até mesmo, as oportunidades e desafios que ele irá vivenciar:

O que os pais devem considerar antes de levar os filhos para estudar nos Estados Unidos?

A empresária apontou os principais pontos para levar em consideração em relação ao sistema de ensino americano: “A coisa mais importante antes de levar os filhos pros Estados Unidos é conhecer como o modelo do sistema americano funciona. Porque pra cada idade, é um desafio diferente. Quanto mais novos, mais fácil é a adaptação, tem menos fatores. À medida que eles ficam mais velhos, começa a ter muita opção, muitas escolhas que são feitas, além da escolha da escola. A dica principal é conhecer o sistema de educação, que é bem diferente do brasileiro”. 

Quais os maiores desafios que alunos que estudaram a maior parte da vida no Brasil encontram ao começarem a estudar em uma escola americana?

Daniela contou que o grande desafio enfrentado pelos alunos brasileiros é o idioma. Mesmo que algumas crianças já façam curso de inglês no Brasil desde pequenas, quando chegam em um local que realmente é preciso estudar inglês o tempo todo, podem criar uma pequena barreira. Já crianças que estudavam em escolas bilíngues anteriormente tendem a se adaptar mais rápido. 

Montagem de estudante com mochila nas costas e universidade americana
As universidades são muito concorridas (Foto: Reprodução/ Pexels/ FreePik)

“O outro grande desafio acontece principalmente quando eles chegam na high school, ou seja a partir do nono ano, em que as escolas americanas tendem a colocar os alunos estrangeiros nas matérias mais fáceis e básicas. E se a família não tem o conhecimento para ir na escola e demandar o que o filho é capaz de acompanhar, esses alunos acabam perdendo a oportunidade de construir um currículo mais forte porque foram colocados pela escola nas matérias mais básicas”, completou. 

No sistema americano, o high school é dividido em três níveis de matérias. As básicas, honors e APs (sendo a última que tem um nível universitário). “Quanto mais desafiador for o currículo do aluno, isto é, quanto mais rigorosas as matérias, mais forte será o currículo acadêmico que o aluno vai construindo. As escolas colocam imigrantes em matérias mais fáceis, e muitas vezes os alunos vêm de escolas brasileiras super puxadas, então eles têm toda condição de acompanhar as matérias mais difíceis”, explica Daniela.

Quais as maiores diferenças entre o sistema de ensino brasileiro e o americano?

A maior diferença a ser considerada tanto para a escola como para a vida acadêmica e no mercado de trabalho é que no sistema americano tudo conta na composição do currículo do aluno a partir do nono ano da escola. ” É um sistema que recompensa muito mais a transpiração do que a inspiração. No sistema americano não tem aquela coisa do aluno que passou a escola inteira sentando no ‘fundão’, e no dia da prova estuda, tira um notão e entra na melhor universidade. Lá, eles são compensados pelo trabalho no longo prazo. É a construção de um currículo ao longo dos quatro anos da high school“, justifica Daniela. 

Criança lendo na escola
O acompanhamento dos pais é crucial (Foto: Reprodução/ Pexels)

Quais são as diferenças entre escolas públicas e escolas privadas nos EUA?

  • O tamanho das escolas: as escolas públicas tendem a ser maiores e, como o ensino é obrigatório, eles aceitam todo e qualquer tipo de aluno ingressante, desde aqueles que querem ir para as faculdades até os que só irão terminar o high school e seguirão para o mercado de trabalho;
  • As escolas particulares são chamadas normalmente de preparatory school, porque preparam os alunos para o college. Isto é, os alunos pretendem continuar os estudos depois de terminar a high school;
  • As escolas públicas, como dito antes, são grandes e os counselors (coordenadores) não conseguem dar tanta atenção individualizada a cada aluno, pela grande demanda.

Qual a importância das atividades extracurriculares para a formação do aluno e o ingresso na universidade nos EUA?

Segundo a especialista, as atividades acadêmicas extracurriculares têm um peso estimado de 30% nas decisões de aceitação (acceptance) das universidades para que o aluno estude lá. No entanto, somente um currículo acadêmico exemplar não é suficiente para garantir uma vaga do aluno na universidade.

Jogo de basquete e quadra vista de cima
Os estudantes no exterior têm muito incentivo ao esporte como atividade extracurricular (Foto: Reprodução/ Pexels)

“Um bom acadêmico é suficiente para tirar o aluno da pilha do ‘não’ e colocar na pilha do ‘talvez’. O resto será decidido avaliando de forma holística o currículo do candidato. É um processo de recrutamento, muito mais parecido com recrutamento para um emprego. Você pode ter tudo o que precisa para exercer aquela função, mas alguém pode ser mais qualificado ainda e acaba sendo o escolhido”, justifica. 

E por fim, como funciona a metodologia do Impacto Acadêmico?

No nosso modelo de trabalho, começamos sempre com uma reunião com o aluno e a família porque acreditamos que é fundamental que todos estejam na ‘mesma página’. Trabalhamos com acompanhamento/mentoria de cada aluno de forma customizada. Na mesma família, temos várias realidades diferentes e, para aproveitar tudo que o ensino americano oferece, é importante que o projeto seja individualizado. Acompanhamos o aluno para construir o melhor currículo para atingir o objetivo do aluno e da família”, completou. 

Vale lembrar que existem mais de 4000 colleges nos Estados Unidos, então o que a empresa faz é encontrar qual escola mais se encaixa nos objetivos do aluno e da família.

Diário de bordo: tudo o que rolou na nossa viagem com a MSC Seashore!


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