A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirma mais dois casos da varíola do macaco na cidade e dessa vez, de forma comunitária, ou seja, que foi transmitida por casos aqui dentro o próprio país e não exportados de outros países. São dois homens, de 25 e 30 anos, que não viajaram para o exterior nem tiveram contato próximo com viajantes.
Em entrevista para o portal G1, o secretário de saúde do município, Rodrigo Prado, informa: “Os nossos dois confirmados aqui ontem [quinta] não têm história de viagem, não têm história de contato com caso suspeito ou confirmado”, disse Prado. “O que configura transmissão local.”
Até o momento, o Município do Rio tem três casos, que estão com boa evolução clínica, e em isolamento domiciliar e monitoramento diário pelas autoridades de saúde. Importante lembrar também que as pessoas com quem tiveram contato nos últimos dias também estão sendo acompanhadas e não apresentam sintomas.
Nesta quinta-feira, dia 23 de junho, o Ministério da Saúde atestou outros três casos autóctones (de transmissão local) de monkeypox no estado de São Paulo. São três pacientes homens, moradores da capital paulista, com idades entre 24 e 37 anos, sem histórico de viagem para países com casos confirmados. Com isso, o Brasil soma 16 pessoas positivadas.
Como a monkeypox é transmitida?
O vírus pode se espalhar de pessoa para pessoa pelo contato direto com as lesões da pele ou fluidos corporais. Pode ser transmitido também por gotículas respiratórias ou durante o contato físico íntimo, como beijos, abraços ou sexo ou por objetos contaminados, como roupas de cama ou toalhas. Outra forma possível de infecção é através de animais infectados, por arranhadura ou mordida ou pela ingestão de carne contaminada.

De olho nos sintomas
Os sintomas podem ser confundidos com uma gripe, como febre, fadiga, dor de cabeça e dores musculares, mas em geral, de a um a cinco dias após o início da febre, aparecem as lesões na pele, que aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo.
Elas vêm acompanhadas coceira e aumento dos gânglios cervicais, inguinais (ínguas) e uma erupção formada por pápulas (calombos), que mudam e evoluem para diferentes estágios até cicatrização. Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam —as casquinhas contêm material viral infeccioso— e que a pele esteja completamente cicatrizada.
Assim como com outras doenças contagiosas o isolamento da pessoa infectada é o mais indicado. A varíola pode ser transmitida desde o momento em que os sintomas começam até que a erupção cutânea tenha cicatrizado completamente. O período de incubação – tempo de contágio e início da doença – é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS.
Prevenção
Mesmo sem previsão de uma pandemia da varíola, os cuidados de prevenção são sempre a melhor opção: lavar bem as mãos, uso de álcool gel, uso de máscaras e evitar o contato com pessoas doentes.

Nas crianças
Para tranquilizar as famílias, a Pais&Filhos conversou com alguns pediatras e infectologistas que explicam se as crianças fazem parte o grupo de risco. E a boa notícia é que: NÃO! A imunologista pela USP, Brianna Nicoletti, mãe de Felipe e do João Pedro, explica que entre os grupos de risco estão pessoas imunossuprimidas, idosos e crianças (que ainda não têm o sistema imunológico formado, como por exemplo, os recém-nascidos).
O primeiro episódio do POD&tudo o podcast da Pais&Filhos será no dia 29 de junho. Clique aqui e saiba mais.