Mariana Maffeis, de 40 anos, filha da apresentadora Ana Maria Braga, criou uma polêmica entre os seguidores de suas redes sociais ao classificar o calendário de vacinação como “agenda satanista”. Após a repercussão, ela se defendeu, explicando melhor seu ponto de vista.
“Sobre especificamente a obrigatoriedade da vacina da Covid para crianças e bebês. Essa obrigatoriedade está sendo questionada no mundo inteiro. Tem até médico de fora daqui que está empreendendo uma cruzada para tentar evitar que essa obrigatoriedade seja aplicada”, disse. “Eu não sou anti-vacina e não quero levantar bandeira nenhuma. Quero só viver minha vida”.
Polêmica surgiu no Instagram
Ela chegou a ser questionada por uma internauta sobre sua opinião em relação a uma campanha vacinal da Covid-19 para crianças de até 5 anos, criada pelo Ministério da Saúde.
“Mariana, comecei a seguir há pouco tempo. Só uma dúvida, porque não sei se já explicou isso para outras pessoas: a sua família tomou a vacina de Covid e o que você acha dessa obrigatoriedade do Ministério da Saúde?”, questionou o seguidor. “Absurdo total. Agenda satanista”, respondeu Mariana.

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A professora de yoga é mãe de Joana, de 12 anos, e Maria, de 9 anos, filhas de seu relacionamento com o ex Paschoal Feola, Varuna, de 2 anos e Hima de 1 mês, filhas de seu atual relacionamento com Badarik González.
Depois de criada a polêmica, Mariana apagou o comentário sobre o calendário de vacinas e afirmou que falaria sobre o tema apenas no privado. Em resposta a um outro comentário, ela afirmou não ser anti-vacina.

“Não sou anti nada. Que fique claro. Cada um toma sua decisão e convive com a consequência. Saúde é uma questão pública, sim, mas cada um deve a si mesmo sua saúde; não colocarei minha saúde na mão de nenhum governo. Simples.”
Importância da vacina
As vacinas são consideradas a maior conquista no campo da saúde pública e os benefícios proporcionados por elas são superiores a qualquer outra intervenção preventiva oferecida. Elas proporcionam a promoção da saúde, tanto para o indivíduo quanto para a sociedade no geral, evitando cerca 3 milhões de mortes por ano no mundo e contribuindo com aproximadamente 30 anos na expectativa de vida do brasileiro. Apesar disso, ainda encontra-se aqueles que hesitam em se vacinar, o que pode prejudicar também as pessoas ao redor. “Quanto maior o número de pessoas vacinadas, menor as chances de contaminação entre a população”, explica o Dr. Juarez Cunha, pediatra e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

O pediatra ressalta diferentes questões determinantes que podem estar envolvidas a hesitação em tomar vacinas, conhecida como os “3 C”:
- Confiança: na eficácia e segurança das vacinas; no sistema que fornece, incluindo os serviços e profissionais de saúde; nas motivações dos formuladores de políticas que decidem sobre as vacinas necessárias.
- Complacência: riscos percebidos de doenças evitáveis pela vacina são baixos; vacinação não é considerada uma ação preventiva necessária.
- Conveniência: Disponibilidade física; acessibilidade geográfica; capacidade de compreensão (linguagem em saúde); apelo dos serviços de imunização afeta a aceitação (comunicação)
Com o avanço da vacinação em massa nesses últimos meses, o aparecimento de novos casos de pessoas infectadas pela Covid-19 diminuiu muito, mas isso não significa que as medidas preventivas são coisa do passado. “As notícias são boas mas a pandemia ainda não acabou. O número de casos diminuiu mas ainda existem muitas pessoas sendo hospitalizadas e também muitas pessoas morrendo por Covid- 19″, fala Dr. Juarez Cunha, pediatra e ex-presidente da SBIm.