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Início Família

“Não interessa se é pai ou mãe. O que importa é cumprir o papel de cuidado e amor”, relata Peterson Rodrigues

Por Jennifer Detlinger
03/06/2018
Em Família
(Foto; arquivo pessoal)

(Foto; arquivo pessoal) (Foto; arquivo pessoal)

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Aqui no projeto Lá em Casa é Assim, parceria da Pais&Filhos com a Natura Mamãe e Bebê, recebemos diversas histórias que provam que não importa a configuração, o que vale de verdade em uma família é o amor.

O Peterson Rodrigues mandou sua história para a gente e contou como se tornou pai de Lucas por meio da adoção. Para ele, não importa se é pai ou mãe – o que importa é cumprir o papel de cuidado e amor com os filhos. Após a chegada de Lucas, ele ainda fundou uma ONG, a ELO – Organização de Apoio à Adoção, que está em diversas cidades do Rio Grande do Sul espalhando amor e falando sobre adoção.

Vem conhecer essa linda família:

“Em 2013, resolvi voltar a fazer algum trabalho voluntário e fui procurar na internet e, por acaso (ou não), havia uma chamada de último dia de inscrição para o programa de apadrinhamento afetivo organizado pelo Instituto Amigo de Lucas em Porto Alegre, que eu não sabia o que era.

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Vi na hora que envolvia crianças e abrigos, então me interessei. Mesmo sendo de Gravataí, região metropolitana, consegui me inscrever, pois na minha cidade não consegui contato com ninguém sobre apadrinhamento e até hoje dizem que existe, mas nunca ninguém viu, nem sabem como fazer para apadrinhar uma criança.

O bacana é que cheguei à primeira oficina sem saber ao certo o que iria acontecer, achando que me barrariam em algum momento até mesmo pela minha orientação sexual, ou então que nenhuma criança iria me querer e acabei percebendo que o preconceito era meu. Após diversas oficinas de preparação (em junho), juntar toda documentação (a mesma que para adoção) e entrevista, finalmente chegou o dia da festa onde conheceria meu afilhado (24 de agosto de 2013).

Chovia cântaros, o local era pequeno e tinha bastante gente… Não dormi no dia anterior e tive pesadelos, estava apavorado, e à medida que as crianças iam chegando na festa, meu coração disparava, mas notei que eles estavam tão ansiosos quanto eu. Conversei com algumas crianças até que uma amiga comentou que tentou chegar perto de um menino pequeno que deveria uns ter cinco anos, mas ele só corria com um balão, chutava e não conversava com ninguém. Ainda estávamos rindo e falando disso quando o tal menino vem em minha direção, na cara de pau e fala “Tio, segura pra mim?”. Ok. Segurei e ele saiu correndo novamente.

Demorou mais uns minutos, ele voltou, todo suado com casaco na mão e disse “Tio, segura pra mim?”. Nesse momento, outras pessoas que viram fizeram sinal, me alertando que ele não estava dando atenção para ninguém, que talvez eu devesse tomar a iniciativa. Então fui até ele, meu coração disparou, como se eu fosse pedir alguém em casamento (depois vi que era mais que isso) e então perguntei.

-Oi, tu já tem dindo?

-Já.

-Já? – Estranhei, pois ele tinha uma fita verde no braço como eu, que indicava estar disponível para apadrinhamento.

-Sim, é tu. – Como se aquilo não fosse novidade para ninguém

-Dindo, me leva no banheiro?

E assim nasceu nossa história. Quando saí de lá, fiquei no ponto de ônibus sozinho esperando e como chovia muito olhei para cima achando que estava pingando algo em mim passei a mão no rosto e vi que na verdade quem estava pingando era eu. Chorei uns vinte minutos sem saber o porquê ao certo. Só sabia que aquele era o primeiro dia do resto da minha vida ao conhecer essa criaturinha de 7 anos agitada, que me usou de cabide para dizer que havia me escolhido.

Nesses dois anos de apadrinhamento, pegando ele quase todo final de semana, passando férias inteiras comigo, fazendo parte da família, passamos por diversas coisas que ultrapassam a relação dindo/afilhado e chegou um momento que não havia mais sentido continuar com essa distância.

Em outubro de 2014 entrei com pedido de guarda e após 11 meses (setembro de 2015) finalmente meu recém-nascido de 9 anos chegou em casa. Logo que peguei a guarda provisória tive uma agradável surpresa. Entrei com pedido de licença-maternidade (sim, maternidade pois como adotei sozinho tenho esse direito) e a empresa onde trabalho me deu 180 dias, como já fazia com as mães que solicitavam a licença, em vez dos 120 dias garantidos em lei. Isso é muito importante pois se eu não tivesse esse período em casa a nossa relação provavelmente demoraria um ano ou mais para chegar ao estágio de cumplicidade e clareza que chegamos hoje.

A convivência tem sido a melhor e normal possível. Normal pois os testes e brigas vieram e a cada dia vamos aprendendo mais um com outro. Mas o amor e felicidade, que sinto até nas brigas, são únicos. Meu medo sempre foi que não me deixassem ter esses ‘testes e brigas’ por algum tipo de preconceito ou julgamento. O que tenho hoje foi o que procurei, uma vida de pai e filho. Simples assim.

Lucas é uma criança levada como qualquer menino nessa idade e quanto à adoção tardia posso dizer que essa preocupação que muitos têm em ‘perder’ a primeira infância com seu filho pode ser uma bobagem, pois esse período é recriado quando eles vêm para casa e até viram bebês. Muitas primeiras vezes ainda são possíveis. Vi dente cair, proporcionei primeira ida na praia, zoológico e serra, comidas simples que nunca havia comido e experimentamos juntos são pequenos exemplos que as fraldas não fazem falta alguma.

Após a chegada de Lucas fundei uma ONG e hoje estamos em diversas cidades do Rio Grande do Sul espalhando amor e falando sobre adoção. Não interessa se é pai ou mãe. O que importa é cumprir o papel de cuidado e amor.”

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Tags: Aconteceu comigoAdoçãoFamíliaMatériaspaiPapel do Pai
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