No dia 31 de agosto, o brasileiro Danilo Cavalcante, de 34 anos de idade, fugiu da Prisão do Condado de Chester, na Pensilvânia, nos Estados Unidos da América (EUA). O homem estava cumprindo a pena de prisão perpétua por assassinar a ex-namorada, Débora Evangelista Brandão, em 2021, há 15 dias.
Danilo esfaqueou Débora 38 vezes na frente dos filhos da mulher, de 4 a 7 anos de idade. Após o ocorrido, o homem havia escapado com a ajuda de familiares e amigos, contudo a Polícia do Estado da Virgínia conseguiu captura-lo e prendê-lo.
Escalando a parede da prisão para sair, ele ficou 14 dias foragido e uma recompensa de US$ 10 mil, o equivalente a quase R$ 50 mil, foi oferecida para quem o capturasse. A polícia chegou a afirmar nas redes sociais que ele era um indivíduo perigoso, pedindo para que os moradores do Condado de Chester não saíssem de casa, e escolas foram fechadas.
Na quarta-feira, 14 de setembro, o brasileiro foi capturado, mas antes disso, a sua mãe chegou a dar uma entrevista ao The New York Times. Iracema Cavalcante afirmou que Danilo estava sendo um desafio para a polícia localizar porque: “Seu treinamento foi seu sofrimento”.

“Ele ia dormir com fome. E, quando acordava, eu me perguntava como alimentá-los”, continuou a mãe, ainda destacando que o homem nunca chegou a ir à escola e que começou a trabalhar aos cinco anos de idade, atuando desde como engraxate, vendendo verduras em um mercado, até em uma fazenda: “Somos humildes, mas somos trabalhadores”.
A mulher chegou a falar que: “Se for para ir para um lugar sofrer e morrer naquele lugar, é melhor morrer logo”, o que acabou acontecendo com Danilo sendo encaminhado para a Instituição Correcional Estadual Phoenix, uma prisão de segurança máxima.

O homicida já tinha histórico de assassinato, em 2017 ele matou Valter Júnior Moreira dos Reis, em uma praça em Figueirópolis, no Tocantins. Mesmo assim, Iracema defende que o filho: “não representava uma ameaça para ninguém”.
“Isso aconteceu? Aconteceu, mas por causa do controle que ela [a namorada] exerceu sobre ele, da postura que ela assumiu com ele. Ele tinha que fazer isso, ele não tinha outra escolha”, afirmou a mãe do criminoso defendendo que ele estava “encurralado”.