O herpes zóster, popularmente conhecido como “cobreiro”, é uma infecção viral que provoca bolhas dolorosas na pele. Originada pelo vírus varicela-zóster, que também causa a catapora, a doença pode se manifestar em qualquer parte do corpo, mas é mais frequente no tronco e no rosto. As lesões tendem a aparecer como faixas em um dos lados do corpo.
Muitas pessoas confundem o herpes zóster com o herpes simples, mas são doenças distintas. Enquanto o herpes zóster resulta da reativação do vírus varicela-zóster, o herpes simples é causado pelo vírus herpes simplex, presente em suas formas labial e genital.
Como ocorre a reativação do vírus?
O vírus varicela-zóster permanece inativo no corpo de todos que já tiveram catapora. Contudo, ele pode ser reativado anos depois, resultando no herpes zóster. A razão exata para essa reativação não é completamente compreendida, mas a imunidade reduzida é um fator comum. O herpes zóster incide frequentemente em pessoas com mais de 60 anos, além de indivíduos com sistema imunológico comprometido.
Quais são os sintomas do herpes zóster?
Os principais sintomas do herpes zóster incluem erupções cutâneas dolorosas, que geralmente aparecem em um lado do corpo, na forma de bolhas vermelhas. Esses sintomas são frequentemente precedidos por dor, ardência e formigamento na região afetada. Além disso, calafrios e problemas gastrointestinais podem surgir antes das erupções.
A condição também pode se manifestar na face, especialmente na testa e ao redor de um olho, conhecida como herpes zóster oftálmico. As bolhas costumam secar e formar crostas em cerca de cinco dias, com a melhora completa ocorrendo geralmente entre duas a quatro semanas.
Como é o diagnóstico e tratamento?
O diagnóstico de herpes zóster é essencialmente clínico, baseando-se no exame físico e na descrição dos sintomas pelo paciente. Embora incomum, exames laboratoriais podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico. O tratamento, iniciado o mais rápido possível após o aparecimento dos sintomas, envolve medicamentos antivirais. Estes ajudam a reduzir a duração da doença e prevenir complicações.
A aplicação de compressas frias e banhos podem aliviar a coceira e a dor. Medicamentos específicos, como aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir, são prescritos para controlar os sintomas e promover a recuperação do paciente.
É possível prevenir o herpes zóster?
A prevenção do herpes zóster se dá principalmente por meio da vacinação. No Brasil, duas vacinas estão disponíveis: a vacina atenuada e a recombinante. A vacina atenuada é indicada para adultos a partir dos 50 anos, enquanto a recombinante, introduzida mais recentemente, é recomendada para pessoas imunocomprometidas e adultos acima de 50 anos.
Além da vacinação, um estilo de vida saudável, com foco em fortalecer o sistema imunológico, é fundamental para a prevenção do herpes zóster. Mesmo que o vírus não seja eliminado do corpo, essas medidas contribuem para a redução do risco de reativação e de complicações decorrentes da doença.
