Na noite de quinta-feira, 16 de janeiro, um helicóptero modelo EC130 B4, com matrícula PRWVT, caiu em uma área de mata fechada em Caieiras, na Grande São Paulo, durante o voo de São Paulo para a cidade de Americana. O acidente resultou na morte dos empresários André Feldman e Juliana Feldman, que eram pais da menina de 12 anos que sobreviveu à tragédia. O piloto da aeronave, cuja identidade ainda não foi divulgada, teve um comportamento descrito como heroico, cuidando da criança até a chegada do resgate.
Em entrevista ao UOL News, o tenente Maxwel de Souza, porta-voz da Defesa Civil do Estado de São Paulo, fez questão de destacar o valoroso gesto do piloto. “Quero me render aqui ao ato heroico desse piloto, que ficou cuidando dessa criança e a manteve sob seus cuidados durante todas essas horas até que a primeira equipe [de resgate] chegasse”, afirmou o tenente. Segundo ele, o piloto, após a queda da aeronave, demonstrou grande coragem ao identificar a jovem sobrevivente e protegê-la, enquanto buscava ajuda. Mesmo diante da dificuldade da situação, com o casal de empresários já sem vida, o piloto conseguiu manter o foco na segurança da menina e em sua sobrevivência.
Helicóptero cai na cidade de Caieiras, na Grande SP; piloto e criança são resgatados com vida e busca por sobreviventes continua pic.twitter.com/g8P3A1eFwD
— 98 FM Natal (@98FMNatal) January 17, 2025
Após o acidente, o piloto, utilizando suas últimas forças, conseguiu localizar a criança e, ao perceber que os pais dela estavam desfalecidos, tomou a decisão de preservá-la e ir em busca de socorro. “Ele já observou que o casal estava desfalecido e preservou a menina, indo em busca de ajuda”, explicou o tenente Maxwel. Esse ato de compaixão e coragem foi crucial para que a criança fosse resgatada com vida, em um cenário onde o tempo e o terreno dificultavam ainda mais o trabalho das equipes de resgate.
O helicóptero que caiu transportava quatro pessoas, sendo o piloto e três passageiros. A aeronave, que partiu do Aeroporto do Campo de Marte, na capital paulista, estava em direção à cidade de Americana. De acordo com a Defesa Civil de São Paulo, o piloto e a criança sobreviveram, enquanto os pais da menina faleceram no acidente. O local onde os destroços da aeronave foram encontrados fica em uma região de difícil acesso, em uma área de mata fechada e próxima a uma pedreira, o que complicou ainda mais as operações de resgate. “O local é de difícil acesso, em uma área de mata fechada e perto de uma pedreira em Caieiras. Isso dificulta muito o trabalho dos socorristas nas buscas”, destacou o tenente.
A operação de resgate foi intensa e contou com a colaboração de equipes da Defesa Civil, bombeiros, policiais militares e até mesmo militares da Força Aérea Brasileira (FAB). O trabalho das equipes foi dificultado não apenas pelo terreno acidentado, mas também pelo tempo fechado e pelas chuvas que atingiram a Grande São Paulo na noite do acidente. O tenente Maxwel de Souza explicou que, apesar das condições climáticas adversas, é possível que o helicóptero tenha decolado em segurança. “Os pilotos são profissionais técnicos capacitados e conhecem a aeronave e as condições climáticas. Tenho certeza que as investigações apontarão se esse piloto decolou em condições seguras ou não”, afirmou.

Ele também enfatizou que é possível que uma aeronave decole e pouse mesmo em condições de chuva, destacando a habilidade dos pilotos, que são treinados para operar em diferentes tipos de clima. “Pilotos são profissionais técnicos capacitados e conhecem a aeronave e as condições climáticas”, disse Souza, ressaltando que as investigações devem esclarecer as circunstâncias do acidente.
Após a queda, as equipes de resgate utilizaram o último ponto de sinal da aeronave para traçar o perímetro da área e iniciar as buscas. Isso possibilitou que os socorristas localizassem o ponto exato da queda, apesar das condições adversas. O local de difícil acesso e o tempo ruim fizeram com que a operação de busca fosse mais demorada, mas a cooperação entre os diferentes órgãos e a precisão das equipes foi fundamental para a localização dos sobreviventes.










