A infância é um período de descobertas, brincadeiras e muito aprendizado — mas também é uma fase em que o corpo passa por transformações intensas. É nesse momento que os ossos se alongam, os músculos ganham força, o cérebro se desenvolve e o sistema imunológico começa a se consolidar. Para que todo esse processo aconteça de forma equilibrada, a alimentação tem papel fundamental.
Tudo o que vai para o prato das crianças impacta diretamente no crescimento, na energia diária, na concentração e até no comportamento. Quando a nutrição não está adequada, os reflexos podem ser sentidos não só na infância, mas por toda a vida adulta. Por outro lado, quando hábitos saudáveis são incentivados desde cedo, é muito mais provável que eles se mantenham na fase adulta.
O acompanhamento nutricional na infância ajuda a garantir que cada fase do desenvolvimento seja respeitada — e, se necessário, que haja a introdução de suplementos de forma segura. O importante é sempre levar em conta as necessidades individuais da criança, com orientação médica ou nutricional.
Por que a alimentação equilibrada é tão importante na infância?
As crianças estão em constante movimento, crescendo e gastando energia o tempo todo. Por isso, precisam de uma alimentação que consiga acompanhar esse ritmo. Além de fornecer o combustível necessário para as atividades do dia a dia, uma dieta equilibrada fortalece o organismo e contribui para a prevenção de doenças.
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Montar pratos coloridos, com variedade de frutas, legumes, grãos integrais, proteínas de qualidade e boas fontes de gordura, faz toda a diferença para garantir um corpo e uma mente saudáveis.
Vale lembrar que uma boa nutrição também influencia na imunidade, no humor e no desempenho escolar. Crianças que não recebem os nutrientes adequados podem apresentar sintomas como cansaço frequente, queda no rendimento escolar, alterações de humor e até dificuldades de crescimento.
Estar atento a esses sinais é essencial. “Quando há desequilíbrio nutricional, o corpo dá pistas. Os pais precisam observar mudanças no comportamento, no apetite ou até na disposição da criança”, alerta a nutricionista infantil Carolina Vieira.
Os nutrientes que não podem faltar no dia a dia
Cada nutriente tem sua função específica no organismo, e é a combinação deles que garante o bom funcionamento de todos os sistemas do corpo. Veja os mais importantes para a saúde infantil:
Vitaminas e minerais: os reguladores do corpo
As vitaminas e os minerais são verdadeiros aliados do crescimento. A vitamina D, por exemplo, é essencial para a absorção de cálcio e, por consequência, para a formação de ossos fortes. Já o ferro é importante para prevenir a anemia e ajudar no transporte de oxigênio pelo corpo.
Outros nutrientes indispensáveis são o zinco — que participa da cicatrização e da imunidade —, o iodo, fundamental para o funcionamento da tireoide, e as vitaminas do complexo B, que estão ligadas à produção de energia e ao bom funcionamento do sistema nervoso.
Alimentos como ovos, leite, verduras escuras, frutas e cereais integrais ajudam a garantir uma boa ingestão desses micronutrientes. “A variedade no prato é a melhor forma de oferecer todas essas vitaminas e minerais sem precisar recorrer a suplementação”, afirma Carolina.
Proteínas: matéria-prima para o crescimento
As proteínas são como os tijolos da construção do corpo. Elas formam músculos, órgãos, tecidos, enzimas e ainda têm papel importante na imunidade. Durante a infância, são fundamentais para o crescimento e a renovação celular.
Fontes de proteína animal, como carnes magras, ovos e leite, e vegetal, como feijão, lentilha e grão-de-bico, devem estar presentes nas refeições. A combinação equilibrada entre essas fontes garante todos os aminoácidos que o corpo precisa.
A falta de proteína pode comprometer o desenvolvimento físico e deixar a criança mais suscetível a doenças. Por isso, incluir esse nutriente diariamente é essencial.
Gorduras boas e carboidratos: energia e saúde para o cérebro
As gorduras também têm um papel importante — especialmente aquelas consideradas saudáveis, como as presentes no azeite, no abacate, nas castanhas e nos peixes gordurosos. Elas ajudam no desenvolvimento do cérebro, na absorção de vitaminas e na saúde das células.
Já os carboidratos são a principal fonte de energia para as crianças. Mas é importante escolher os melhores: arroz integral, batata-doce, aveia e frutas são boas opções, pois liberam energia de forma mais gradual e evitam picos de açúcar no sangue.
Ambos os nutrientes são essenciais para manter a disposição, favorecer o aprendizado e ajudar no bom desempenho escolar e nas brincadeiras do dia a dia.
Quando a suplementação pode ser indicada?
Mesmo com uma alimentação balanceada, algumas situações específicas podem exigir atenção extra. Crianças com restrições alimentares, seletividade alimentar, alergias ou em fases de crescimento acelerado podem precisar de uma ajuda complementar.
Nesses casos, o uso de suplementos infantis pode ser uma alternativa segura, desde que indicada por um profissional de saúde. Eles costumam conter doses adequadas de vitaminas e minerais para suprir as necessidades específicas de cada fase.
“Suplementar sem orientação pode causar desequilíbrios sérios. Por isso, é essencial que qualquer decisão sobre incluir suplementos seja tomada com base em uma avaliação individual”, reforça a nutricionista.
