A cerclagem uterina é um procedimento que muitas mulheres só descobrem quando se tornam gestantes de risco. Mesmo sendo pouco conhecida, essa técnica é essencial para que algumas grávidas mantenham uma gestação saudável.
O nome pode assustar à primeira vista, mas o processo é seguro, rápido e indicado apenas em casos específicos. O foco do procedimento é impedir a dilatação precoce do colo do útero em mulheres diagnosticadas com incompetência istmocervical.
Para que serve a cerclagem uterina?
Esse tipo de cirurgia é indicado para gestantes que apresentam fraqueza no colo do útero. Nessa situação, o colo pode começar a se abrir ainda no segundo trimestre da gravidez, mesmo sem contrações ou dor.
Com a cerclagem uterina, o médico faz pontos para manter o útero fechado até a fase final da gestação. Dessa forma, os riscos de aborto espontâneo e de parto prematuro são reduzidos.
A indicação é para todos os casos?
Segundo estudos e especialistas, não há evidência de que a cerclagem reduza o risco de prematuridade em mulheres grávidas de gêmeos ou mais bebês.
A cirurgia só é indicada quando há diagnóstico confirmado da incompetência istmocervical. Em outros casos, não há recomendação médica para realizá-la.
Como é feito o diagnóstico?
O histórico de gestação da paciente é o principal critério para o diagnóstico. Mulheres que já passaram por partos prematuros ou perdas gestacionais com rompimento da bolsa, sem dor ou trabalho de parto, precisam de atenção redobrada.
Os profissionais também utilizam exames de imagem, como o ultrassom transvaginal, para medir o comprimento do colo uterino.
O ideal é realizar esse acompanhamento até a 15ª semana de gestação. Após esse período, os médicos só recomendam a cerclagem em situações emergenciais.
O obstetra João Bortoletti, citado em um estudo sobre o assunto, explica que é possível fazer o procedimento fora do tempo ideal, mas isso aumenta os riscos.
O que causa incompetência istmocervical?
Segundo especialistas, algumas mulheres já nascem com a incompetência istmocervical, mas ela também pode surgir com o tempo. Cirurgias no colo do útero, como curetagens, cauterizações ou abortos prévios, podem comprometer a resistência da região.
Essas alterações deixam o colo mais propenso a abrir antes da hora, o que justifica a necessidade da cerclagem em determinadas gestações.
Como é feita a cerclagem uterina?
O procedimento é simples e rápido. Realizado em ambiente hospitalar, ele exige anestesia raquidiana e dura entre 15 e 30 minutos.
O médico dá um ou dois pontos no colo do útero, impedindo que ele se abra antes do momento certo.
A retirada dos pontos ocorre por volta da 37ª semana. Depois disso, o parto pode ser normal ou cesárea, dependendo das condições da mãe e do bebê.
Como funciona o pós-operatório?
A recuperação costuma ser tranquila. A mulher permanece no hospital por cerca de um dia e, em seguida, faz repouso por mais 24 horas em casa. Depois disso, pode retomar as atividades diárias com algumas restrições.
Durante a primeira semana após a cerclagem, é importante que a mulher evite relações sexuais, levantar peso e fazer esforço físico. O acompanhamento pré-natal continua sendo essencial para monitorar a saúde da gestação.
Quais os riscos de não fazer a cerclagem?
Se a mulher tem a indicação médica e não realiza a pequena cirurgia, os riscos são altos. O colo do útero pode se abrir sem sintomas aparentes, levando ao rompimento da bolsa e à expulsão do feto.
Seja uma parceira do Clube Pais&Filhos e faça uma renda extra!
Lançamos um programa de afiliados no Clube Pais&Filhos, onde você encontra uma curadoria especial de produtos que acompanham cada fase — da gestação à infância — com descontos de até 50%. Você pode começar agora mesmo a faturar em cima dessas vendas!
Quer ser nossa afiliada? Clique aqui e faça parte!
Leia também
- Como diagnosticar uma gravidez viável ou inviável?
- Por que você deveria beber água de coco durante a gravidez?









