Situações envolvendo crianças e remédios chamaram a atenção nos últimos dias.
De acordo com G1, na última segunda (24), seis crianças entre 7 e 8 anos tomaram remédio para pressão acreditando ser balas, após uma colega levar as cartelas na mochila e distribuí-las na escola estadual em Araraquara, interior de São Paulo.
Todas foram socorridas e liberadas, mas uma das alunas chegou a apresentar queda significativa de pressão e sonolência intensa, segundo relato da mãe.
Poucas semanas antes, na capital paulista, seis adolescentes entre 13 e 15 anos ingeriram um medicamento de tarja preta dentro de uma escola no bairro do Ipiranga, depois que uma aluna levou o remédio da avó.
Eles foram encontrados sonolentos por funcionários, receberam atendimento e foram encaminhados ao hospital. As informações são da CBN.
Mais do que uma mera coincidência, essas histórias reforçam um risco que ainda é subestimado por muitas famílias: o acesso fácil a remédios em casa e na escola.
O perigo dos medicamentos
Deixar medicamentos ao alcance das crianças pode parecer um detalhe inofensivo no dia a dia, mas, na prática, representa um risco sério à saúde.
Comprimidos coloridos, xaropes adocicados e cartelas prateadas muitas vezes despertam curiosidade, principalmente das crianças menores.
Antes dos 7 anos, por exemplo, as crianças não têm maturidade para diferenciar um remédio de um doce ou um xarope líquido de um suco.
Além disso, a fase de exploração típica da infância, somada à vontade de compartilhar com colegas transforma essa exposição em uma ameaça coletiva.
Um único comprimido pode ser suficiente para causar queda de pressão, sonolência extrema, confusão mental, convulsões e até risco de morte.
Outro ponto de atenção é a falsa sensação de segurança em locais como bolsas, mochilas, mesas e criados-mudos. Mesmo quando o medicamento pertence a um adulto, a criança pode encontrá-lo ao mexer nesses objetos.
Essa situação amplia o risco não só para ela, mas também para outras crianças, como aconteceu nos episódios noticiados acima.
Por isso, especialistas reforçam que medicamentos devem ser tratados como itens de risco, da mesma forma que produtos de limpeza e objetos cortantes.
O ideal é guardá-los em armários altos, trancados e fora do alcance visual. Além de orientar as crianças de forma clara que remédios não são brinquedos nem doces, e só podem ser administrados por um adulto responsável.
A prevenção começa dentro de casa, com informação, rotina e vigilância constante. Um cuidado simples que pode evitar consequências até irreversíveis.
Dicas práticas para os pais
Segundo o site Criança Segura, aqui estão algumas dicas simples para evitar situações como essas:
- Guarde todos os medicamentos em armários altos e trancados
- Nunca deixe remédios em bolsas, mochilas ou mesas
- Nunca chame remédio de “balinha” nem mesmo para facilitar a ingestão
- Ensine a criança que remédio só pode ser dado por um adulto responsável
- Descarte corretamente medicamentos vencidos ou não utilizados
- Revise mochilas e estojos regularmente, principalmente dos menores
- Converse também com a escola sobre as orientações de segurança
Se for necessário que a criança leve algum medicamento para a escola, o ideal é que ele seja entregue diretamente à direção, com orientação por escrito.
E se acontecer com meu filho?
Se uma criança ingerir um medicamento indevidamente não espere os sintomas aparecerem, leve imediatamente ao hospital ou UPA.
Se possível, leve a embalagem ou informe o nome do remédio.
Em casos mais graves, ligue para o Disque-Intoxicação: 0800 722 6001 (ANVISA).
O serviço redireciona a ligação para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) mais próximo, oferecendo, por exemplo, informações sobre primeiros socorros, níveis de gravidade e auxiliando profissionais de saúde.
Ele funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, e tem cobertura nacional.
Lembre-se: a rapidez no atendimento é fundamental.
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