Nessa quarta-feira, dia 28 de dezembro, a autora Glória Perez usou seu Instagram para relembrar o dia da morte da filha, Daniella Perez, que foi assassinada no dia 28 de dezembro de 1992 pelo ator Guilherme de Pádua e a então mulher dele, Paula Thomaz.
Para no post, a mãe postou um vídeo de Daniella dançando. “28/12/1992. 30 anos de saudade. O Jazz da Carlota Portela foi a segunda casa da Dany. E nesse 2022 eles fizeram uma linda e emocionante celebração da sua vida: ela voltou a dançar com os integrantes do grupo com quem dançou no espetáculo de fim de ano daquele 1992 @jazzcarlotaportella”, escreveu.
Guilherme de Pádua chegou a pedir perdão para Glória Perez 3 meses antes de morrer: “Nunca esqueci”
Guilherme de Pádua, ex-ator da Globo, condenado pelo assassinato de Daniella Perez no ano de 1992, postou um vídeo, no próprio canal do YouTube, em que aparecue pedindo desculpas à Glória Perez, mãe da artista, e Raul Gazolla, marido dela na época. O registro foi publicado no 2 de agosto, pouco tempo após o lançamento da série “Pacto Brutal”, que fala sobre o crime e está em exibição na HBO Go.
Com mais de 160 mil visualizações, o vídeo chamou atenção pela alegação de arrependimento feita pelo ator. Ele comenta que há anos sonhava com o momento em que poderia pedir desculpas à autora Glória Perez e aos demais familiares da vítima, e rebate as pessoas que dizem não acreditar na mudança de pensamento e índole dele.
“Pensei em procurar advogados do Raul Gazolla, da Gloria Perez. Pensei em pedir pra alguém que intermediasse esse encontro. Não imaginava uma coisa pela internet, por um vídeo. Um pedido de perdão é um pedido de perdão. Não é tão simples. ‘Será que ela vai querer? Será que isso não é forçar uma barra?’ Passa muita coisa na cabeça de uma pessoa que cometeu um crime”, iniciou Guilherme de Pádua.
Ele continua: “Não é tão simples assim fazer um vídeo e também será que esse vídeo terá o peso que precisa ter? Não foi isso o que eu imaginei, mas talvez eu nunca vá ter uma oportunidade real de pedir perdão”.
Ele fez apelos diretamente à Glória Perez, e relembra o momento pós crime em que encontrou Raul Gazolla: “Por isso, Gloria Perez, eu te peço perdão por todo sofrimento que eu te causei. Eu jamais esqueci daquele encontro na carceragem. Nunca esqueci. Raul Gazolla, eu te peço perdão. Eu nunca esqueci do dia que eu fui chamado na delegacia, você estava lá e se arrastou até mim. Me abraçou chorando. E ali eu vi que eu era a pior pessoa do mundo. Nunca na minha vida eu senti algo como senti naquele momento”.
Guilherme de Pádua ainda disse que provavelmente não perdoaria caso a situação fosse contrária: “Eu sei que esse pedido de perdão talvez não vá significar nada, mas eu quero deixar registrado. Se eu estivesse no lugar de vocês, provavelmente, não perdoaria, então eu não espero o perdão”.
Morte de Guilherme de Pádua
Guilherme de Pádua, conhecido pelo assassinato de Daniella Perez, sofreu um infarto e faleceu aos 53 anos de idade, neste domingo, 6 de novembro. O ex-ator sofreu um infarto no miocárdio e veio a óbito dentro dentro da própria residência.
O pastor Márcio Valadão faz parte da Igreja Batista de Lagoinha, que o culpado pela morte de Daniella Perez, filha de Glória Perez, se juntou depois de anos do assassinato. Na live feita pelo pastor, ele contou que ficou sabendo da morte de Guilherme por conta de uma ligação feita por uma irmã.
O vídeo do pastor Marcos Valadão contando que o Guilherme de Pádua morreu me pegou demais. Ele conta sorrindo, numa alegria única. “MORREU AGORINHA!” pic.twitter.com/6vsdCzbQ05
— Anita Efraim (@niefraim) November 7, 2022
Ele disse: “Pouco antes das 22h, recebi o telefonema de uma irmã falando de um dos nossos pastores que acabou de falecer. Para mim foi um impacto muito grande, porque hoje de manhã eu dirigi o culto e ele estava com a esposa no primeiro banco. Ele praticou aquele crime tão terrível com a Daniella Perez, foi preso, cumpriu a pena e se converteu. Ele estava dentro de casa, caiu e morreu. Acabou de morrer. Ele já estava conosco há 15 anos, e o trabalho pastoral dele era justamente cuidar de outros ex-detentos”.
