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Educação antirracista e anticapacitista para já

Por Toda Família Preta Importa
14/04/2023
Em Coluna
Você já se perguntou quem são as maiores vítimas de violência policial?

Você já se perguntou quem são as maiores vítimas de violência policial? Arquivo Pessoal

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**Texto por Marcelo Zig, pai do artista Celo Dut, avô menino passarinho Tiê, filósofo, palestrante e ativista dos direitos humanos da pessoa negra e da pessoa com deficiência. Idealizador do Projeto Mergulho Cidadão – campanha preventiva aos riscos da terceira causa de lesão medular por acidente no Brasil, Fundador do coletivo Quilombo PcD que trabalha no combate aos impactos da aliança entre o racismo e o capacitismo na vida da pessoa preta com deficiência, Speaker do TEDx Pelourinho, Curador do TEDx Salvador, Criador do Programa de Acessibilidade, Líder do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho e Fundador da Comissão de Profissionais com Deficiência da Empresa Baiana de Águas e Saneamento – Embasa, Coordenador pedagógico da formação em ativismo de direitos humanos para jovens lideranças com deficiência – Inclusive Nós – promovido no Brasil pela UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas, e Porta Voz da Inklua empresa de recrutamento e seleção de pessoas com deficiência para o trabalho formal.

Marcelo Zig
Você já se perguntou quem são as maiores vítimas de violência policial? (Foto: Arquivo Pessoal)

Você sabia que, segundo o Censo do IBGE de 2010, cerca de 1/4, 25% da população do Brasil é formada por pessoas com deficiência? E que, entre as 45 milhões de brasileiras e brasileiros com deficiência, a maioria são pessoas negras? Você sabia que a maioria das pessoas com deficiência não nascem com deficiência mas se tornam pessoas com deficiência a partir de doenças, acidentes e violências?

Então, será que podemos atribuir ao “acaso” o fato da população negra ser a maioria entre as pessoas com deficiência do pais, uma vez que as pessoas negras são aquelas submetidas as condições mais insalubres, periculosas e desumanas de trabalho, saúde, moradia, de existência desde sempre no Brasil? Será coincidência a maioria da população com deficiência do Brasil ser formada por pessoas negras?

Existe um aspecto do genocídio do povo negro que continua a todo vapor no Brasil e que ainda sequer começou a ser descortinado no país em pleno século XXI. Me refiro a aliança do racismo ao imaginário de total incapacidade que o capacitismo imputa a pessoa com deficiência na sociedade.

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Ser pessoa com deficiência no Brasil é não ter nome, história, raça, sexo, gênero, cidadania, humanidade, passado, presente, e tão pouco futuro uma vez que a pessoa com deficiência não passa de um defeito que a incapacita para o convívio social e que tem por finalidade e utilidade existir para ressignificar a humanidade das pessoas que prestam alguma ajuda assistencialista a ela.

A experiência de vida da pessoa com deficiência na sociedade brasileira é a morte social. Isto dito, reflita: será que o racismo não utiliza a sigla PcD como um grande depósito para matar socialmente as pessoas negras que não conseguiu assassinar fisicamente? Você alguma vez já se perguntou ou investigou sobre a vida das pessoas escravizadas que se tornaram pessoas com deficiência durante a violência do período colonial no Brasil? Ou sobre os jovens negros que não morreram apesar de serem alvejados a cada 23 minutos mas que se tornaram pessoas com deficiência? Ou sobre as mulheres negras e suas crianças que se tornam pessoas com deficiência a partir da violência obstétrica?

Você saberia dizer onde foram parar essas pessoas, já que o racismo não as matou fisicamente? Será que as suas vidas tiveram sequência? Você, em algum momento da sua vida, já refletiu sobre o que acontece em uma abordagem policial, quando uma pessoa negra não atende ao comando para parar por ser surda, ou quando uma pessoa negra reage ao toque do policial por ser autista, ou quando uma pessoa negra não sai imediatamente do veículo por utilizar cadeira de rodas para se locomover?

Pela primeira vez no ano de 2021 o Atlas da Violência no Brasil divulgou dados sobre a pessoa com deficiência e advinha qual a raça e cor das pessoas com deficiência que mais sofrem violência no país? No ano de 2022, uma viatura da policia foi transformada em uma câmara de gás para torturar e assassinar um pessoa negra com deficiência no Brasil. Você sabe ou lembra ao menos o nome, gênero ou idade dessa pessoa? Você tem alguma outra referência da vida dessa pessoa negra com deficiência a não ser o fato dela ter sido torturada e assassinada? Você soube dessa monstruosidade, não soube?

Mas você sabe que as pessoas com deficiência foram as cobaias do programa secreto, o Aktion T4, implementado por Hitler em 1939 para o desenvolvimento da tecnologia utilizada nas câmaras de gás durante a segunda guerra mundial? Será que o mundo somente se debruçaria sobre os signos e elementos envolvidos na tortura e assassinato de uma pessoa pelo Estado Brasileiro em uma viatura policial transformada em uma câmara de gás em pleno século XXI se essa pessoa fosse um homem, branco e sem deficiência?

Uma vez que o assassinato de 300 mil pessoas e a esterilização de outras 400 mil pessoas pelo programa de Hitler não geraram comoção, por se tratar de pessoas com deficiência, mesmo sendo essas pessoas brancas e em sua maioria crianças, assim como os números de torturas e assassinatos revelados ano a ano no Brasil não geram comoção mesmo não se tratando de pessoas com deficiência porém de pessoas negras.

Repito, uma viatura da policia rodoviária federal do Estado do Sergipe foi transformada em uma câmara de gás no município de Umbauba em 25 de maio de 2022 para torturar e assassinar publicamente uma pessoa negra com deficiência. Seu nome é Genivaldo de Jesus Santos, ele era casado, tinha um filho, um enteado, era aposentado por invalidez e tinha 38 anos quando foi brutalmente assassinado diante da sua família. Parafraseando a Angela Davis, não basta ser antirracista é preciso ser anticapacitista!

Veja também: ASMR com som de nostalgia

Ligue o som! O barulho do Gira Gira, mais um lançamento da linha TUDO de Ri Happy, é música para os nossos ouvidos, além de trazer boas lembranças

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Tags: anticapacitismoeducação antirracistaPreconceitoracismo
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