Os pais de um menino autista de 2 anos fizeram uma denúncia alegando que o seu filho teria sido dopado na creche em que ele ficava, na zona oeste do Rio de Janeiro. A família contou que perceberam que a criança estava mole, sem conseguir andar ou segurar a sua mamadeira no dia 16 de junho. Para a mãe, Laís Torres, ele estava com um cansaço acima do normal e sem a coordenação motora que costuma ter. Ela frisa que o garoto tem apenas um atraso na fala, mas anda e brinca normalmente.

O comportamento do filho gerou preocupação na família, e os pais o levaram para a emergência do Hospital Municipal Rocha Faria. Os pais contam que no caminho, o menino chegou a ficar desacordado, “O médico disse que ia ministrar um remédio e ver se ia dar resultado, se não desse ele seria entubado. Foram os piores 20 minutos da minha vida”, contou a mãe. A criança passou por uma lavagem estomacal e recebeu medicação.
De acordo com a família, o médico responsável sugeriu que eles procurassem a polícia, pois os exames indicavam que o menino havia sido dopado. O boletim médico classificou o caso como intoxicação aguda e após isso, os pais registraram queixa na delegacia de Campo Grande. Mesmo com o diagnóstico médico, eles contam que a polícia não pediu nenhum exame, o que fez com que a família fizesse um em uma clínica particular, que encontrou 0,18 miligramas de Zolpidem no organismo da criança.
Pais mostram filho autista dopado após voltar de creche, no Rio de Janeiro pic.twitter.com/lg3Lx6DpMz
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) June 25, 2024
Nesta segunda-feira, 24 de junho, os pais do menino foram até a 10ª Coordenadoria Regional de Educação para tentar realocar o filho em outra unidade. Indignados, a família do garoto questionou o papel da escola de proteger e cuidar da criança, além de citar as dificuldades que enfrentam por conta do espectro, “O autismo não é para os pobres no Brasil, tudo é com muita briga”, desabafa Luiz, pai do menino.

A Secretária Municipal de Educação está colaborando na investigação, em nota, a SME disse que assim que teve conhecimento da situação procurou a família para transferência do aluno, mas sem dizer quais serão as consequências para equipe responsável.









