Uma mãe abriu uma denuncia sobre o filho que teve o braço quebrado durante o parto no Hospital Estadual da Mulher, em Goiânia. A dona de casa Maria Eduarda Rodrigues, de 24 anos, acredita que o parto foi feito por estagiários e reclama que um médico só apareceu no final da cirurgia. Luis Felipe, atualmente com 1 mês de vida, continua internado.

“Quebraram o bracinho dele, por negligência do hospital, por terem colocado estagiários para fazer meu parto, sem nenhum médico já formado. Agora eles não querem se responsabilizar pelo acontecido. Meu filho é inocente e está passando por isso”, disse a mãe ao G1. O parto foi no dia 20 de agosto desse ano. No dia, Maria Eduarda disse que se recorda de ver duas especialistas em sua frente que orientavam a equipe no momento em que a criança nasceu. Porém, em algum momento, houve uma complicação e foi preciso chamar reforço. Foi quando mais duas pessoas chegaram e, por último, um médico, que teria finalizado a cirurgia.
O hospital disse em nota à TV Anhanguera, que a paciente chegou em trabalho de parto prematuro e com perda de líquido. Então, foi necessário fazer uma cesárea com urgência e, como o feto estava numa posição desfavorável, acabou fraturando o braço. Ele foi intubado e encaminhado para UTI neonatal e, no dia seguinte, foi avaliado por ortopedista. O Hospital Estadual da Mulher disse ainda que, a fratura já foi corrigida e o braço engessado. Desde então, ele vem sendo acompanhado por um especialista. A unidade explicou que, mesmo depois da alta, ele vai continuar recebendo o acompanhamento ambulatorial.

Raimunda Rosangela Rodrigues, avó da criança, disse que o bebê só recebeu duas visitas de um ortopedista e que, constatou através de exames que o braço continua quebrado e que será ser necessário fazer cirurgia. A família também reclama que o hospital quer dar alta para o bebê, alegando que eles precisam entrar na regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) para conseguir a cirurgia do braço. “A gente não quer que eles fiquem jogando para o SUS, porque demora muito. A gente foi conversar com o pessoal da assistência social e eles jogaram para ouvidoria. A diretoria do hospital não quis me atender, a gente quer é que ele saia daqui com encaminhamento para o ortopedista já marcar a cirurgia”, disse a avó. “Eu venho aqui para pedir para as autoridades para que eles arquem com tudo, se foi negligência, então, aqui que eles tem que resolver tudo”, disse a mãe.









