Para comemorar os oito meses da filha mais nova, Maria Guilhermina, Juliano Cazarré e Letícia providenciaram uma festa em família. O mêsversário é ainda mais especial porque é o primeiro da caçula em casa desde que nasceu – devido à condição rara, a bebê ficou internada por sete meses no hospital. Os outros quatro filhos também estavam presentes: Vicente, de 12 anos, Inácio, de 9, Gaspar, 3, e Maria Madalena, 2.
A celebração foi compartilhada com os seguidores de Letícia no Instagram com uma foto inédita de todos os membros da família juntos. Na legenda da publicação ela se declarou: “8 meses da nossa iron girl [garota de ferro] Maria Guilhermina e 1ª foto oficial da família toda reunida. Obrigada, papai e mamãe do céu!”.

Maria Guilhermina nasceu com uma cardiopatia congênita em junho de 2022. Desde então ela vem recebendo cuidados médicos e só recebeu alta após sete meses de internação hospitalar, no fim de janeiro.
Em casa, a bebê continua utilizando cilindros de oxigênio e outros equipamentos que monitoram sua saúde e foram instalados na casa do casal para recebê-la.

Entenda a condição da filha de Juliano Cazarré
Diagnosticada com Anomalia de Ebstein, essa é uma doença do coração que acompanha o paciente desde o nascimento, ou seja, é desenvolvido ainda durante a gestação da mulher, segundo o Dr. José Cícero Stocco Guilhen, especialista em cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Santa Joana.
Os sintomas do problema podem variar – tudo depende do tipo de condição e qual é a gravidade dela. Os pais de recém-nascido devem ficar de olho nos seguintes sinais:
- Cianose (lábios e dedos arroxeados)
- Taquipneia (respiração rápida) – pode dificultar as mamadas e também o ganho de peso do bebê
- Falta de ar
- Cansaço
- Desmaios
Descrita pela primeira vez na literatura médica em 1866, a Anomalia de Ebstein é uma malformação congênita rara que faz com que o coração se desenvolva de maneira “irregular”: o átrio direito (responsável por receber o sangue de diversas partes do corpo) fica muito grande, enquanto o ventrículo (que bombeia o sangue de volta para o corpo humano) fica muito pequeno e se torna ineficaz em sua função.
“Embora seja uma anomalia rara, é a doença congênita mais comum da válvula tricúspide. Entre as cardiopatias congênitas, a Anomalia de Ebstein têm incidência variando de 0,4 a 1,07% nos pacientes. Comparada a outras cardiopatias congênitas, a anomalia descrita tem curso clínico mais lento, com possíveis repercussões ocorrendo apenas mais tarde na vida”, explica o cardiologista Ricardo Negri Bandeira de Mello, coordenador do Serviço de Cardiologia do Hospital Vila da Serra.