Em uma ação que chamou a atenção de consumidores e do setor alimentício, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a proibição da comercialização de duas marcas de azeite, além da suspensão de um lote de coco ralado da Coco & Cia. A decisão foi divulgada no Diário Oficial da União nesta terça-feira, 24 de setembro.
Os azeites afetados são da marca Serrano e Cordilheira, ambos extra virgens com 0,5% de acidez. De acordo com a Anvisa, a proibição se deve ao fato de que esses produtos foram importados e distribuídos por empresas que não possuem CNPJ registrado no Brasil. A falta de informação sobre a origem e a procedência desses azeites gera incertezas em relação à sua segurança e qualidade.

“Como a origem não foi identificada, não há garantias sobre a segurança e qualidade dos azeites”, declarou a agência. A medida não se limita apenas à venda dos produtos, mas abrange também sua fabricação, propaganda e uso em todo o território nacional.
Na mesma resolução, a Anvisa também suspendeu a comercialização de um lote específico de coco ralado da Coco & Cia. O lote 030424158 foi recolhido devido a um resultado insatisfatório em testes laboratoriais, que apontaram a presença de dióxido de enxofre acima do limite permitido. Esse conservante, embora utilizado em diversas indústrias, não pode estar presente em níveis que comprometam a segurança do consumidor.A Anvisa determinou, assim, a retirada imediata do produto do mercado e proibiu sua distribuição, propaganda e uso.
Em uma nota oficial enviada ao G1, a Coco & Cia expressou surpresa com a resolução da Anvisa. A empresa afirmou que já havia iniciado o recolhimento do lote em questão antes mesmo da notificação formal. “O lote em questão – 030424158 – recebeu a notificação de inconformidade no mês de junho de 2024. Esse lote foi distribuído apenas no Distrito Federal, no Atacadão Dia a Dia. Mediante a notificação, o Controle de Qualidade prontamente apresentou sua defesa, mostrando que as amostras coletadas no laudo de análise foram todas satisfatórias de acordo com as nossas contraprovas”, ressaltou a marca.

A Coco & Cia alega que após a sua defesa ter sido negada, eles prontamente já haviam recolhido o lote em questão. “A defesa foi negada e a solicitação de recolhimento foi feita em 12 de julho. Porém a empresa já havia iniciado por conta própria o recolhimento do lote em questão, e todo o recolhimento foi finalizado no dia 29 de julho”, completou a empresa.
A companhia enfatizou que todos os seus produtos são fabricados com matérias-primas rigorosamente aprovadas e que, após a produção, passam por uma análise minuciosa para garantir que todos os limites de segurança sejam respeitados.
“A inconformidade estava presente apenas no lote já citado, que foi recolhido e não circula mais no mercado. Lamentamos o ocorrido e não compreendemos o porquê a Resolução – RE Nº 3.508 foi divulgada meses após o ocorrido ser resolvido”, finalizou a marca em nota.