Não é novidade que, com o avanço da idade, as chances de gravidez da mulher diminuem. Mas, mesmo quando essa gestação se concretiza, é muito comum que resulte em aborto.Para se ter uma ideia, aos 40 anos, 40% das mulheres têm um aborto no primeiro trimestre.
Isso ocorre devido a alterações cromossômicas do embrião. Um embrião possui 23 pares de cromossomos. Quando esse número se altera, para cima ou para baixo, o aborto pode acontecer. E as maiores chances de isso ocorrer são quando uma mulher engravida em idade mais avançada.
O risco aumenta devido a uma diminuição na qualidade dos óvulos que ocorre naturalmente com a idade. Para mulheres com mais idade que desejam engravidar, é possível optar por técnicas de reprodução humana, como a Fertilização In Vitro (FIV).
A Fertilização In Vitro (FIV) é um dos tratamentos de reprodução humana mais populares. Porém, é importante ressaltar que, na FIV, as taxas de sucesso também são afetadas pelo processo de envelhecimento, já que o que importa determina a chance de gravidez e o risco de aborto é a idade do óvulo. Mas, caso a mulher não tenha congelado óvulos anteriormente, é possível optar pelo tratamento conhecido como ovorecepção.
A ovorecepção consiste no uso de óvulos doados para a realização da Fertilização In Vitro, que serão fecundados em laboratório com o sêmen do parceiro ou também de um doador para, em seguida, serem inseridos no útero da mulher que gerará o bebê.

E ao contrário do que muitos pensam, a gravidez por doação de gametas, sejam óvulos ou espermatozoides, não reduz o papel de pais do casal receptor, afinal, são eles que garantirão que a criança cresça feliz e saudável. E é fundamental que temas como esses sejam cada vez mais discutidos para conscientizar a população sobre a importância da doação de gametas e para naturalizar a recepção dos óvulos e espermatozoides em tratamentos de fertilidade.
Com a ovorecepção, a Fertilização In Vitro ocorre como qualquer outra, com os óvulos doados sendo fertilizados em laboratório com os espermatozoides.
Cerca de uma semana e meia a duas semanas depois que o embrião foi transferido, é feito um teste para ver se ele está aderido ao útero. Um simples exame de sangue, ou mesmo um teste de gravidez caseiro, detectará os níveis de gonadotrofina coriônica humana (HCG), um sinal de que você finalmente está grávida”, diz o médico. Com o teste positivo, inicia-se o período final de espera: as 38 semanas até o parto.
A partir daqui a gestação segue normalmente como qualquer outra. Mas, é claro, um pequeno número de gestações é interrompido por abortos, sendo fundamental então adotar bons cuidados obstétricos para evitar complicações.
Aqui os hábitos de vida dizem muito. Checar os níveis de Vitamina D também precisa ser feito, uma vez que a própria atuação da vitamina D no sistema imunológico também pode ter impacto na concepção. Níveis baixos podem resultar em rejeição da implantação do embrião pela gestante, tanto na fertilização in vitro ou na gravidez espontânea. Na dúvida, não tenha medo ou vergonha de fazer quantas perguntas quiser ao seu médico e de pedir clareza quando não entender algo, afinal, a gestação é um grande sonho.