Em 2018, a Universidade Nacional da Colômbia recebeu os pais de gêmeos bivitelinos com uma questão: eles não pareciam ser filhos do mesmo pai. Após uma investigação do laboratório de identificação da unidade, chegou-se à conclusão de que o pai tem DNA compatível com apenas um dos filhos.

A equipe então iniciou uma cadeia de estudos para entender o fenômeno. Foram realizados dois testes de DNA para evitar qualquer equívoco. Logo, os especialistas divulgaram uma pesquisa sobre o assunto que concluiu que o caso se tratava de uma superfecundação heteropaternal.
Essa alteração acontece quando dois óvulos — gerados por uma superovulação genética — são fecundados por espermatozoides de pessoas diferentes. Os especialistas explicam que na prática, a mulher teve relação sexual com homens diferentes em um curto período de tempo — minutos, horas ou num prazo de até dez dias.
De acordo com o UOL, a universidade colombiana afirmou que trata-se também de um caso raro, ocorrido apenas 19 vezes em todo o mundo. A revista científica Biomédica concluiu que “finalmente, este resultado nos permitiu detectar um caso de gêmeos dizigóticos com pais diferentes, evento raro e pouco frequente relatado na literatura”.

A equipe também confirmou a parentalidade dos bebês com a mãe para ter certeza que não houve troca na maternidade. O caso raro continua sendo estudado pela comunidade acadêmica, mas a identidade do casal foi preservada.