
Uma mulher dos Estados Unidos estava grávida quando teve morte cerebral. Mesmo assim, ela pôde levar o feto até o fim da gestação e deu à luz o bebê, que nasceu vivo e saudável. O caso raro da mãe de 31 anos impressionou pesquisadores da Universidade da Flórida, que estudaram o caso.
Os estudiosos contam que a mulher estava grávida há 22 semanas quando deu entrada no hospital, dizendo sentir fortes dores de cabeça. Pouco tempo depois ela teve uma convulsão e parou de responder aos estímulos. “Os resultados do exame preencheram os critérios da medicina nuclear para ‘morte cerebral’ e o paciente foi declarado morto no dia da admissão”, diz o estudo.

Outras análises apontaram que a mulher sofreu um sangramento no cérebro. Após a morte da mãe, a família dela expressou em reunião com neurointensivistas, especialistas em UTI neonatal, obstetras, bem como equipes jurídicas, éticas e assistentes sociais, o desejo de manter a gestação.
Para isso, os médicos precisaram colocar um ventilador na paciente e inserir uma sonda nasogástrica. Além disso, eles também precisaram regular os níveis de tiroxina e pressão arterial, enquanto anticoagulantes eram administrados para evitar a formação de coágulos. Ela chegou a sofrer infecções, que resultou em pneumonia e mais complicações. Para proteger o feto, foram necessários vários medicamentos.
A criança nasceu após mais de 11 semanas, com 33 semanas de gestação. A equipe médica informou também que a bebê nasceu saudável. “Ela foi levada à unidade de terapia intensiva neonatal para internação secundária à idade gestacional. Ela recebeu alta para casa depois de cinco dias”, contaram os médicos.