Você já parou para pensar em quantos significados um nome pode carregar? Na Argentina, um exemplo curioso tem chamado atenção: o desaparecimento completo do nome “Angustias” dos registros civis há mais de 70 anos.
Segundo matéria publicada pelo Gizmodo Brasil, esse sumiço revela muito mais do que uma simples mudança de tendência, ele mostra como a cultura, a religião e o estado emocional da sociedade moldam até as escolhas de batismo.
A origem religiosa por trás do nome “Angustias”
Para entender o motivo desse esquecimento, é importante olhar para o passado. O nome Angustias tem origem religiosa, sendo uma referência direta a Nossa Senhora das Angústias, uma das representações da Virgem Maria.
Durante muito tempo, famílias argentinas nomearam suas filhas com esse termo como forma de devoção e entrega espiritual. No entanto, com o tempo, esse peso simbólico deixou de se encaixar na sensibilidade das novas gerações.
As razões por trás do desaparecimento
Embora nenhum decreto tenha proibido o uso do nome, a ausência de novas “Angustias” no país desde meados do século passado chama atenção.
Isso acontece porque os pais começaram a buscar nomes que transmitissem sentimentos positivos como esperança, leveza e alegria, em vez de dor ou sofrimento. Assim, a sociedade passou a associar o nome Angustias a uma energia mais pesada e antiquada.
Quando um nome deixa de ser tendência?
Esse fenômeno não afeta apenas Angustias. Outras palavras também desapareceram das certidões de nascimento, como Lesbia, um nome que já teve origem nobre e literária, mas que acabou ficando com conotações diferentes no uso moderno.
À medida que a cultura evolui, os nomes também se adaptam. A linguagem carrega o espírito de uma época, e nomes que antes expressavam fé ou bravura podem, hoje, parecer distantes da realidade das novas gerações.
Revela mais do que identidade
Ao desaparecer dos registros, Angustias não perdeu apenas seu uso, perdeu um espaço simbólico na identidade cultural argentina. Afinal, nomes contam histórias, evocam emoções e conectam pessoas a suas raízes.
Portanto, quando deixamos de usar um nome, também deixamos de contar uma história. Em vez de apenas refletir tendências, essa mudança revela uma escolha coletiva sobre quais memórias a sociedade quer preservar.
O nome que carrega e transforma a cultura
Por fim, o sumiço de nomes como Angustias mostra que a linguagem não é neutra. Ela se move junto com as transformações sociais, afetivas e políticas de um povo.
Enquanto alguns nomes somem, outros surgem com força, carregando novos significados e esperanças. E isso continua acontecendo, ano após ano, em cada decisão que os pais tomam ao nomear seus filhos.
Tradição ou renovação: o que vale mais na hora de escolher um nome?
Na hora de registrar um filho, muitos pais se perguntam se devem manter tradições ou inovar. E a resposta, quase sempre, depende do tempo em que vivem, dos sentimentos que querem transmitir e das histórias que desejam contar.
No fim, o nome carrega mais do que letras: ele expressa ideais, valores e até desejos de futuro. E é exatamente por isso que alguns nomes duram séculos, enquanto outros desaparecem — como Angustias, um nome que, mesmo esquecido, continua dizendo muito.
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