É perfeitamente normal que algumas crianças tenham medo de médicos. Afinal, o consultório pode parecer um lugar assustador, com jalecos, instrumentos desconhecidos e, às vezes, até uma agulha à vista. Por isso, é essencial que os pais saibam como apoiar seus filhos nesse processo com empatia e preparo.
Segundo a Parents, há estratégias simples e eficazes para tornar a experiência médica mais tranquila e acolhedora.
1. Esteja presente durante a consulta
Em primeiro lugar, a presença dos pais durante a consulta transmite conforto e segurança. Quando a criança percebe que está acompanhada por alguém de confiança, ela tende a relaxar e a se abrir mais facilmente com o médico.
Além disso, ao ver os pais agindo com naturalidade e confiança, a criança aprende, pelo exemplo, que aquela situação não é motivo para pânico. Assim, segurar a mão ou permitir que ela se sente no colo já são atitudes reconfortantes.
2. Brinquem de médicos em casa
Outra excelente estratégia é transformar o medo em brincadeira. Brincar de “consultório” usando brinquedos como estetoscópio, seringa e termômetro ajuda a criança a se familiarizar com o universo médico.
Consequentemente, a ida ao consultório se torna menos ameaçadora. Além disso, assistir a vídeos educativos ou ler livros infantis com personagens indo ao médico pode reforçar essa familiaridade de maneira leve e divertida.
3. Use palavras simples e positivas
Antes da consulta, é essencial explicar o que vai acontecer, mas com linguagem adequada à idade da criança. Termos simples e expressões positivas, como “o médico vai ver como seu corpo está forte”, ajudam a reduzir a tensão.
Por outro lado, é importante ser honesto: se existe a possibilidade de dor, como numa vacina, diga que pode incomodar, mas que vai passar rápido. Assim, a criança se sentirá respeitada e mais preparada.
4. Evite avisar com muita antecedência
Embora a honestidade seja importante, avisar com muitos dias de antecedência pode gerar ansiedade desnecessária. Muitas crianças ficam apreensivas só de imaginar a consulta.
Por isso, prefira contar no próprio dia ou poucas horas antes, sempre com tranquilidade. Dessa forma, o tempo para criar medos fantasiosos é reduzido, tornando o momento mais fácil de lidar.
5. Ofereça pequenas escolhas
Dar à criança alguma autonomia durante o processo pode fazer toda a diferença. Por exemplo, pergunte se ela prefere sentar no colo ou na cadeira, ou se deseja medir a pressão no braço direito ou esquerdo.
Além disso, ao permitir que ela tome decisões simples, você transmite a mensagem de que ela tem algum controle sobre a situação, o que ajuda a reduzir a sensação de vulnerabilidade.
6. Leve um objeto de conforto
Trazer um item querido como um brinquedo, uma mantinha ou um paninho é uma forma eficaz de criar um elo com o ambiente familiar. Isso pode acalmar a criança e ajudá-la a se sentir mais segura.
Inclusive, muitos médicos costumam interagir com esse objeto primeiro, “examinando” o ursinho ou boneca antes. Essa atitude torna a experiência mais lúdica e menos ameaçadora.
7. Use distrações durante procedimentos
Durante exames ou procedimentos como vacinas, é comum que o medo aumente. Nesse caso, distrações podem ser extremamente úteis. Colocar uma música favorita, cantar junto ou mostrar um vídeo curto são ótimas opções.
Além disso, propor jogos simples, como contar os dedos dos pés ou procurar objetos na sala ajuda a desviar o foco do desconforto, tornando o momento mais suportável para a criança.
8. Reforce com elogios e recompensas
Logo após a consulta, reconheça o esforço da criança. Mesmo que ela tenha chorado ou demonstrado medo, é importante destacar sua coragem por ter enfrentado a situação.
Além disso, oferecer uma pequena recompensa como um adesivo, um passeio ou algo simbólico, pode reforçar a ideia de que visitar o médico é algo positivo e superável.
9. Escolha médicos com abordagem acolhedora
Por fim, vale lembrar que a escolha do profissional influencia diretamente na experiência da criança. Alguns médicos, especialmente os que atendem pediatria, já possuem uma abordagem mais sensível e comunicativa.
Portanto, sempre que possível, opte por profissionais que tenham paciência, empatia e saibam explicar os procedimentos de forma leve. Isso facilita muito a criação de vínculos de confiança duradouros.
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