Você já viu esses brinquedos por aí, até dentro da sua casa: os fidget spinners são uma mania mundial. O que você provavelmente não sabe é que o brinquedo surgiu nos Estados Unidos há 20 anos, criado por uma mãe , que o desenhou para entreter a filha, que na época tinha sete anos e sofria de problemas neurológicos. A ideia é que a menina, ao brincar, se concentrasse e se distraísse por um tempo. E mais: hoje ela não ganha um centavo com sua criação.
Catherine Hettinger chegou a patentear o brinquedo e isso se manteve por oito anos. Em 2005, ela não conseguiu pagar os 400 dólares (aproximadamente 1.330 reais) que garantiam a autorização. “Eu não tinha o dinheiro, simples assim”, disse Catherine em entrevista ao jornal The Guardian.
O fidget spinner original era uma bola com três prolongamentos de plástico, que podia ser pressionado e também girava – ou seja, o conceito era o mesmo, só os formatos que mudaram com os anos. Agora, enquanto grandes empresas lucram com o brinquedo, Catherine está em busca de uma casa menor, querendo ter seu telefone reinstalado e em busca de um carro que funcione.
Sobre o brinquedo, há controvérsias: tem quem diz que atrapalha na concentração, tem quem fale que ajude. Nos Estados Unidos, ele já é usado há anos no tratamento de crianças com autismo e ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), além de ajudar a lidar com a ansiedade.
De acordo com a psicóloga Maria Guimarães Drummond Gruppi, diretora do Berçário e Escola Ponto Omega, o sucesso do brinquedo é antes de tudo pela simplicidade que o objeto evoca. “Nesses poucos instantes, até o disco parar ou cair, fica-se em suspensão. Não é preciso compartilhar, não é preciso ser visto ou ver, não se é instado a opinar. Nada. Apenas é necessário se ater à mão ou ao dedo que, naquele momento, sustenta o movimento do disco”, analisa.
E você, o que acha dos fidget spinners?
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