Você já parou para pensar sobre o quanto de autonomia dá ao seu filho? Você se considera uma mãe superprotetora ou acha que protege na medida certa? Mas, pera aí, o que é dar autonomia para uma criança? Quando isso começa? Como dá para saber se estamos mesmo exagerando na proteção, já que o mundo anda tão perigoso? Todas essas dúvidas também passaram pela nossa cabeça e é por isso que vamos te ajudar a entender melhor cada uma dessas atitudes, para que você mesmo possa definir o seu posicionamento e saber se acha que precisa mudar ou não!
Dar autonomia para as crianças não significa que elas podem sair por aí fazendo o que querem, a qualquer hora. A criança precisa de limites. E isso não tem idade exata para começar: “Desde bebê é possível incentivar a autonomia de uma criança. Para isso, estimule algumas ações simples, como deixar que ela monte um brinquedo sozinha ou que se segure em um móvel e possa levantar sem a ajuda de alguém”, afirma Fabiane Gori Curvo, filha de Joaquim e Flávia, psicóloga. As pequenas tarefas do dia a dia também são oportunidades para promover mais independência para as crianças.
“É automático os pais fazerem pelas crianças coisas que elas já sabem fazer. Conforme o tempo vai passando, eles acabam não percebendo que as crianças já são capazes de fazer sozinhas. Isso acaba acomodando a criança”, explica Melina Amarins, filha de Hamilton e Adelaida – psicóloga do Hospital Israelita Albert Einstein. O seu filho está sempre em desenvolvimento, então preste atenção nos sinais que mostram que ele está crescendo e que já tem habilidade para desempenhar uma atividade.
Mas, lembre-se que dar autonomia para as crianças não significa que elas podem fazer o que querem, a qualquer hora. A criança precisa receber limites! Além disso, para que as crianças possam ter autonomia, os pais precisam estar próximos e presentes. É essencial que elas vivam o processo para que se sintam amparadas e preparadas. Estimular a independência do seu filho é mesmo um desafio. Quantas vezes não temos vontade de desistir só para não vê-lo sofrer, não é mesmo?
Pratique!
De acordo com a psicóloga Edna Maria Marturano, filha de Leonor e Francisco, existem três fatores que merecem atenção antes de soltar as rédeas do seu filho:
1. Cuidar para que a criança assuma, aos poucos, pequenas responsabilidades e tente resolver seus problemas sozinha, sem deixar, é claro, de dar retaguarda e assistência, e deixar um canal de conversa sempre aberto para reverem essas questões, caso seja necessário.
2. Observar se o que está exigindo da criança é compatível mesmo com a capacidade dela.
3. Prestar apoio e assistência nas tentativas de lidar com os problemas, priorizando sempre a segurança da criança.
Com paciência, você aprende a enxergar as necessidades do seu filho e também os sinais que ele dá de que já está pronto para tentar algo novo. O segredo está em ser presente e ampará-lo, para que ele se sinta confiante e saiba que pode contar com você.
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