
Luna Fenner, de apenas quatro anos, nasceu com uma marca no rosto, que é chamada pelos médicos de “nevo”. Mesmo sendo muito nova, ela já sente a dor do preconceito e discriminação das pessoas. Em entrevista ao ‘Fantástico’, da TV Globo, a mãe da criança, Carol Fenner, contou que teve um choque ao ver a filha após o nascimento.
“Foi um choque mesmo. Aí eu falei, que que é isso? Perguntei pro médico. Aí todo mundo olhando pro rosto da Luna. Eu achei que era sujeira. Então eu falava: limpa o rosto dela. E o médico olhava e falou assim: não, mamãe, eu acho que é uma mancha”, disse ela.
Como era algo desconhecido para a mãe, ela passou a levar a filha em vários médicos para saber se aquela mancha fazia mal para a bebê.”Fomos em vários médicos. Cada médico falava uma coisa diferente. Da saúde, é só estético. Espera 10 anos, tem que fazer agora. A gente estava muito perdido em relação à nossa decisão”, relata.

Carol conta que decidiram fazer uma cirurgia para a remoção da mancha após os diversos casos de discriminação que a filha, ainda bebê, enfrentou. “Ela tinha poucos meses de vida. Uma senhora dentro da igreja chamou ela de “monstro”. Naquele dia a gente falou: a gente vai fazer a cirurgia. Não importa o que que tão falando, se precisa, não precisa, a gente vai fazer porque ela vai passar por isso o resto da vida”.
A preocupação dos pais era como esse preconceito iria afetar a filha ao longo da vida. O nevo, que é a marca diagnosticada na menina, na maioria das vezes é inofensivo, porém, por causa do tamanho, o de Luna corria o risco de indicar um melanoma, que é um tipo de câncer de pele.

Após a grande repercussão do caso da criança na internet, um médico russo entrou em contato e ofereceu cirurgias menos agressivas para ela. Até agora ela passou por seis cirurgias a laser para tirar a marca do rosto. Agora só falta mais uma operação para ela.







