Seu filho já pegou piolho? Se ainda não, saiba que uma em cada quatro crianças são infestadas por esses insetos e, ao contrário do que muitos pensam, eles gostam mesmo é de cabelo limpo. Aquela história de que preferem as crianças que não lavem os cabelos direito não é verdadeira.
O pediatra Antonio Turner explica que o piolho não voa, mas pula bastante e o contágio ocorre quando há a proximidade de cabeças. Por isso, as principais vítimas são crianças em idade escolar.
Segundo o especialista, não há fórmulas milagrosas para evitar, mas é importante identificar os primeiros sinais da pediculose – nome da doença causada pelos piolhos. São eles: purido intenso, principalmente na nuca, e atrás das orelhas, inquietude na hora de dormir e, principalmente, muita coceira.
“Para evitar a proliferação, a higiene do couro cabeludo, o uso do pente fino periodicamente e a retirada da lêndeas com algodão umidificado com mistura de água e vinagre são procedimentos indicados”, explica.
Para tratar a pediculose outra dica é lançar mão de produtos especiais recomendados por pediatras. Tome cuidado com receitas caseiras, como loções e outros produtos. “Além de não serem eficazes, podem causar intoxicações ou queimaduras”, adverte Antonio Turner.
De acordo com ele, é muito importante que o tratamento se inicie rapidamente para que não traga consequências para a saúde dos nossos filhos. O ato de coçar a cabeça faz com que ocorram lesões, o que facilita o acesso de germes e bactérias dentro da corrente sanguínea.
A picada do piolho também causa grande irritação à pele, pois a reação da sua saliva costuma desencadear uma dermatite irritante. “Em casos mais severos de infestação, a criança pode até ter anemia por causa do sangramento do coro cabeludo. A criança também pode diminuir seu rendimento escolar pela queda da autoestima e por sofrer bullying”, acrescenta o pediatra.