Tem um texto bombando na internet e achamos que vale a pena você ler. Dany Santos, uma mãe que faz bastante sucesso no Facebook, tem uma página que chama Quartinho da Dany com mais de 160 mil seguidores. As mães que seguem ela são bem ativas e interagem bastante com os textos da Dany publicados neste canal.
Desta vez ela escreveu sobre bater nos filhos. “Apanhei e não morri” é o título do texto que vai completamente contra o hábito de corrigir as crianças com agressão física. Leia o relato completo abaixo:
“Apanhei e não morri.
Não morreu, mas enfrenta problemas no seu relacionamento com seus pais. Não consegue dizer ‘eu te amo’ olhando nos olhos e essa frieza dói tanto que respinga na sua relação com seus filhos. Não morreu, mas precisa se curar da sua infância na terapia e sente que seria mais amoroso se tivesse recebido mais amor em vez de tapas.
Não morreu, mas se tornou uma pessoa violenta com seu companheiro e com seus filhos. Não morreu, mas naturaliza a violência e enxerga nela uma forma de educar. Não morreu, mas, pra esquecer, se entrega à bebida ou precisa de antidepressivos. Não morreu, mas confunde violência com afeto. Todo mundo precisa de uma infância que não precisa ser curada mais tarde. Não basta não morrer. Ninguém veio ao mundo pra ser sobrevivente. Pense nisso”.
O post, publicado no último dia 22 de junho, já alcançou mais de 4 mil curtidas e 3,5 mil compartilhamentos. Nos comentários, mães e pais concordam enfaticamente com o posicionamento de Dany. “Texto necessário“, escreveu uma internauta.
“Tem pessoas que machucam com palavras que é pior que uma palmada”, disse uma mãe chamando para outra reflexão. Outra disse que violência nunca é o caminho.
Pesquisas estão do mesmo lado
Segundo um estudo realizado no Canadá, crianças que não apanham dos pais têm menos chances de ficarem violentas. No total, aproximadamente 400 mil adolescentes foram estudados em 88 países e, aqueles que proíbem os pais de baterem em seus filhos têm menor incidência de violência entre os jovens.
Cientistas da Universidade McGill, em Montreal, publicara recentemente um artigo para entender a relação entre brigas na juventude e o uso da força física dentro de casa. A conclusão foi que países onde a punição física de crianças é proibida registram-se, em média, 31% menos casos de brigas entre jovens meninos e 42% menos no caso de meninas. A comparação foi feita com países que permitem a prática, seja na escola ou em casa.
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