Uma mulher residente do Distrito Federal e de 22 anos procura na Justiça o seu direito de reaver a guarda de sua filha biológica, a qual está com 1 ano. Desde o nascimento da bebê, a mais nova está sob a tutela de um casal gay que teria revogado os trâmites impostos pela Vara da Infância e Juventude (VIJ) e realizado a popular “adoção à brasileira”, ou seja, sem formalizar o processo adotivo. Em relato ao veículo de comunicação Metrópoles, a jovem afirmou ter recebido R$ 3 mil de ambos para “reconstruir a vida”. O imbróglio tramita em segredo de justiça e o caso também passou a ser investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Sem querer seu nome divulgado nas plataformas, a mulher de 22 anos nasceu no interior de Goiás e, ainda nova, engravidou após ter entrado em um relacionamento. Os pais desta a expulsaram de casa ao terem descoberto a gravidez graças aos costumes tradicionais e conservadores da família. Sem condições financeiras para seguir, a jovem preferiu ir para outra cidade. Quando conseguiu, passava o dia na casa de um conhecido seu e, o seguinte, em outro lar; rapidamente, a mulher entrou no mundo das drogas.
“Fui ao fundo do poço quando engravidei. Perdi minha família, e chegou num ponto que fiquei nas ruas. Daí comecei a temer pela vida da minha filha e resolvi procurar pessoas que me ajudassem a deixá-la para adoção”, contou a mulher de 22 anos.
A mulher diz ter se arrependido de “doar” a criança, mas já era tarde. O militar teria levado a bebê e, a jovem, após dar à luz, voltou ao interior de Goiás. Sem dinheiro para pagar honorários advocatícios, a mãe conta com os serviços de um advogado que aceitou representar o seu caso sem custos. Hoje, a jovem mal pode ver a filha e ‘mantém contato’ com a criança na maioria das vezes através das redes sociais.
Aos seus 22 anos, a mãe não desistirá de ficar com sua filha biológica: “Vou provar na Justiça que esse homem explorou a minha vulnerabilidade, forjou ser o pai da minha filha na certidão de nascimento e mentiu, também, no acordo de guarda unilateral, afirmando que a criança é fruto de um breve relacionamento comigo”.